Lianas, secas enegrecidas e frágeis, ramos cilíndricos, pubérulos.
Folhas simples, inteiras, às vezes lobadas; estípulas triangulares, caducas, livres, glabras; pecíolos 2-16cm, pubérulos; lâminas 5,2-16,3×3-20,4cm, oblongas, triangulares ou elípticas, ápice acuminado, base cordada, subcordada, truncada ou cuneada, glabras ou pubérulas ao longo das nervuras na face ventral, pubérulas na face
dorsal, papiráceas.
Inflorescência 4-9×3,3-7cm, umbeliforme; pedúnculos 2-4,4cm, pubérulos, verdes. Flores verde-amareladas; pedicelos 2-3,5mm, glabros; botões conoidais; cálice glabro, urceolado, base truncada; pétalas glabras; anteras com deiscência latrorsa.
Fruto baga, ca. 0,8cm, lisa; semente subturbinada, lateralmente arredondada.
Distribuição: Brasil, nos Estados de Roraima, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. C5, C7, D6, E7: matas primárias e secundárias.
Relativamente pouco comum ao longo de toda a sua área de distribuição, ocorrendo indivíduos esparsos ao longo das bordas e em clareiras expostas ao sol. Coletada com flores de março a maio e com frutos em maio.
Toda a planta quando seca é enegrecida e tem consistência frágil, o que a distingue de C. verticillata a qual seca normalmente adquire cor verde. As espécies podem ser distintas também pelo cálice urceolado em C. tinctoria (vs. não urceolado em C. verticillata).
Fonte: LOMBARDI, J. A. Vitaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 365-374, 2002.