Vitaceae – Cissus striata

Lianas, ramos angulados ou achatados constritos no centro ao longo do comprimento, glabros ou esparso-pubérulos.

Folhas digitadas; estípulas deltóides, persistentes, inseridas na base do pecíolo, glabras; pecíolos 0,4-5,5cm, glabros ou esparso-tomentosos, estreito-alados; lâminas obovadas ou lanceoladas, ápice agudo, base atenuada, glabras, esparso-pubérulas ou pubérulas em ambas as faces, cartáceas ou papiráceas, sésseis; lâminas dos folíolos centrais 1,4-11×0,4-4cm, lâminas dos folíolos intermediários 1-9×0,4-3cm, lâminas dos folíolos laterais 0,6-7×0,3-3cm.

Inflorescência 2,4-7,3×2,4-5,5cm, raramente com ramos volúveis, umbeliforme; pedúnculo ca. 4cm, glabro, verde.
Flores verde-amareladas; pedicelos 1,5-4mm, glabros ou pubérulos; botões conoidais; cálice glabro ou pubérulo, de base arredondada; pétalas glabras; disco esverdeado; anteras de deiscência introrsa.

Fruto baga, ca. 6,5×6,5mm; sementes subturbinadas.

Distribuição: Peru, Brasil (Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul), Bolívia, Chile, Paraguai, Argentina e Uruguai. D8, E7: matas, principalmente nas bordas, campos de altitude e vegetação secundária. Coletada com flores em dezembro e com frutos de dezembro a junho.

Em São Paulo a espécie é restrita à vegetação montana da Serra da Mantiqueira. C. striata possui duas subespécies das quais apenas C. striata subsp. argentina (Suesseng.) Lombardi ocorre no Brasil. É facilmente identificada pelas
estípulas que não se transformam em espinhos e pelos pecíolos breve-alados.

Fonte: LOMBARDI, J. A. Vitaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 2, p. 365-374, 2002.

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