Lianas, tricomas não ramificados, glandulares e não glandulares; ramos avermelhados, subcilíndricos, híspidos.
Folhas trifolioladas, híspidas; pecíolos 1,8–5,2 cm compr.; estípulas falcadas; peciólulos 0–4 mm; lâminas dos folíolos 1,5–10,5 × 0,8–4,2 cm, rômbicas, subelípticas ou fusiformes, ápice agudo, acuminado ou caudado, margem denticulada, base atenuada ou cuneada, às vezes levemente dicolores e avermelhadas, papiráceas.
Inflorescências 2–5,3 × 2,1–4,1 cm, híspidas; pedúnculos 1–2,7 cm compr., verdes; pedicelos 3–5 mm, esverdeados.
Cálice 0,5–1 × 1–1,5 mm, verde-amarelado, piloso, base lateralmente apendiculada com 1–3 lobos filiformes de ca. 2 mm. Corola em botão 1–1,5 × 1 mm; pétalas verde-amareladas, pilosas no ápice. Estames verdes. Disco amarelo. Estilete e estigma verdes.
Baga ca. 1,5 × 1 cm, elipsóide, híspida, alada; semente ca. 8 × 5 mm, subturbinada, achatada.
Cissus apendiculata é a única das espécies neotropicais até agora conhecidas que apresenta cálice com apêndices filiformes na base e frutos pilosos e alados, sendo esta última condição nem sempre detectável em exemplares herborizados com frutos maduros. Sua pilosidade glandular dá à planta uma textura viscosa e perceptível odor
quando manipulada.
Restrita às regiões nordeste e norte do Brasil, onde ocorre nos estados do Maranhão (Monção), Tocantins (Araguaína), e Pará (Monte Alegre, Parauapebas e Canaã dos Carajás). Serra dos Carajás. Serra Norte: N1, N4; Serra Sul: Corpos A, B e C, Serra do Tarzan. Ocorre em bordas de matas e beiras de lagoas na canga com mata baixa.
Fonte: LOMBARDI, J. A. Flora das cangas da Serra dos Carajás, Pará, Brasil: Vitaceae. Rev. Rodriguésia, v. 67, n. 5 (Especial), p. 1493-1497, 2016.