Velloziaceae – Vellozia tubiflora

Planta solitária, raramente cespitosa; caule simples ou pouco ramificado, 7-30×2-4cm no ápice.

Folhas trísticas, as vivas 4-17 em cada ramo; lâmina foliar 15-35×0,5-0,8cm na base, linear-triangular, arcuada, cedo caduca, face abaxial densa a esparsamente seríceo-lanosa ou hirsuto-lanosa, adaxial em geral glabra, ou glabrescente, margens inteiras, ápice atenuado.

Flores 1-3 por ramo; pedicelo 14-18cm, glabro na metade proximal e com curtas emergências estipitado-glandulares, esparsamente distribuídas na metade distal; hipanto na região do ovário 7-10×3-5mm, oblongo-trígono, densamente coberto de emergências glandulosas semelhantes às do pedicelo; tubo do hipanto 50-100×2-4mm, com emergências semelhantes às do pedicelo, esparsamente distribuídas na base e região contígua às tépalas externas; tépalas 6-7×1,5-2cm, oblongoelípticas, brancas, as externas com curtas emergências na face abaxial proximal e nervura média, as internas glabras; estames 12-18, unidos em falanges de 2-3, inseridos no ápice do tubo do hipanto, filetes ca. 7mm, anteras ca. 15mm, amarelas; apêndices estaminais ausentes; estilete 70-110mm, estigma ca. 3mm, amarelado.

Cápsula loculicida.

É a espécie de Vellozia de mais ampla distribuição, chegando ao Panamá, na América Central. São Paulo (Altinópolis, Serrana e Cajuru) é o limite austral de sua distribuição. Regnel III.1241, coletado em Cajuru, é o tipo de Vellozia rhynchocarpa Goethart & Henrard, sinônimo de V. tubiflora (Mello-Silva inéd.). C6. Coletada com flores e frutos durante o verão. Os frutos permanecem até junho.

Fonte: MELLO-SILVA, R. de. Velloziaceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 371-376, 2005.

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