Arbusto até 2m; ramos jovens com tricomas simples, longos e curtos.
Folhas membranáceas, levemente discolores; estípulas 0,1-0,6mm, reduzidas a coléteres; pecíolo 2-8mm; nectários 1-2 pares, discóides, sésseis, 0,5-1,4mm; lâmina 2,2-6×0,7-4cm, ovada a elíptica, às vezes lanceolada a obovada, base cuneada ou atenuada, ápice agudo a obtuso, margem pilosa, serreada, face ventral com tricomas simples longos, face dorsal densamente coberta por tricomas simples, curtos, eretos.
Inflorescência uniflora, axilar; pedúnculo adnato ao pecíolo. Flores epifilas, heterostílicas; bractéolas 6-18mm, subuladas, verdes a arroxeadas; pedicelo nulo; cálice esverdeado ou amarelado, 11-29mm, tubo 3-7mm, lobos estreito-ovais a triangulares; pétalas amarelas, 16-36×11-22mm, base com uma mancha escura, ápice arredondado esbranquiçado ou amarelo claro; filetes com margens soldadas 2-5mm ao tubo floral, 5,5-7mm nas flores longistilas, 8,5-13mm nas flores brevistilas; anteras basifixas, 2,5-5mm; ovário 1,2-2,2mm, ovóide, densamente piloso, estiletes 6,5-9mm nas flores longistilas, 3-5mm nas flores brevistilas, estigmas penicilados.
Fruto subgloboso, 2,5-8mm, valvas ovais, externamente granulosas e pilosas; semente preta, 2,4-3mm, obovóide, reticulada; arilo unilateral, margem lacerada, 1,8-3mm.
A área de ocorrência de Turnera subulata abrange o Panamá, Colômbia, Venezuela, Guianas, Equador, norte e centro do Brasil e norte da Bolívia. Foi introduzida na Ásia e hoje é considerada como planta ruderal, comum na Índia, Sri-Lanka, Tailândia, Malásia, Java, Singapura, Indonésia, etc.
No Brasil ocorre em diferentes comunidades naturais: borda de mata, capoeira, caatinga, tabuleiro, agreste. Vegeta em solos arenosos e pedregosos, às vezes argilosos e secos. É uma espécie ubíqua e heliófila, que cresce em beira de estradas, vias férreas e áreas alteradas. Também é cultivada como ornamental. B2, C6, D6, E8. Coletada com flores e frutos de setembro a novembro, em janeiro, fevereiro e abril.
Fonte: ARBO, M. M. & SILVA, P. H. da. Turneraceae. Parte integrante da Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Instituto de Botânica, São Paulo, v. 4, p. 351-360, 2005.