Solanaceae – Solanum stipulaceum

Arbusto 1,55 m alt., ereto, inerme. Caules e ramos cilíndricos, estriados, densamente pilosos, cobertos com tricomas estrelados sésseis; unidade simpodial plurifoliada.

Folhas simples, discolores, membranáceas a subcoriáceas, lâmina 4,5–10,5 × 2,4–3,6 cm, lanceolada, ápice acuminado a agudo, base atenuada, margem inteira, face adaxial verde escuro, moderadamente pilosas, com tricomas estrelados, face abaxial velutina, com tricomas estrelados; pecíolo 0,9–2,6 cm de compr., cilíndrico, associado a uma pseudoestípula auriculada.

Inflorescências ramificadas, escorpioides, plurifloras, com muitas flores concentradas no ápice do ramo. Flores
hermafroditas, pediceladas. Cálice 0,6 × 0,5 mm, campanulado, densamente coberto por tricomas na face abaxial, sépalas parcialmente soldadas. Corola 0,9–1,2 cm de diâm., lilás, estrelada, lobos triangulares, com muitos tricomas na face abaxial. Anteras amarelas, oblongas, deiscência poricida. Estigma globoso, ovário subgloboso, glabro.

Baga 1,3 × 1,2 cm, globosa, inerme, pubescente, epicarpo verde cinéreo quando imaturo, cálice frutífero não envolvendo o fruto, apresentando tricomas esparsos.

Sementes numerosas, marrons, sub-reniformes.

Fenologia: Coletada com flores e frutos imaturos em agosto.

Solanum stipulaceum é uma espécie nativa e endêmica do Brasil, ocorre no Nordeste (AL, BA, CE, PB, PE, PI, SE), Centro Oeste (GO) e Sudeste (MG) e é frequentemente distribuída em áreas de matas secas, bordas de estradas, áreas antropizadas, terrenos baldios bem como, regiões montanhosas, áreas de Savana, Savana Estépica e Floresta
Ombrófila (Agra et al., 2009; Sampaio et al., 2019). Na Bahia, a espécie é bem amostrada para todo o Estado (CRIA, 2020). Na área em estudo, a espécie foi coletada em área urbana, sendo comum em todos os fragmentos antropizados do município.

Fonte: MOURA, J. N. & CAIRES, C. S. A família Solanaceae Juss. no município de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Rev. Paubrasilia, v. 49, p. 01-33, 2021.

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