Solanaceae – Solanum americanum

Erva ereta, 40 cm alt., inerme. Caules e ramos cilíndricos, glabros a pubescentes, com tricomas simples; unidade simpodial difoliada.

Folhas simples, concolores, membranáceas, lâmina 3,7–6,9 × 2,9–4,5 cm, oval a elíptica, ápice agudo, base atenuada, ambas as faces glabras a pubescentes, com tricomas diminutos, simples esparsos; pecíolo 0,3–1,4 cm de compr., cilíndrico.

Inflorescência simples, lateral, umbeliforme. Botões florais globosos a elipsoides. Flores hermafroditas, pediceladas. Cálice campanulado, tubo 0,1–0,2 mm de compr., lobos diminutos, agudos. Corola 0,5 × 0,4 cm, branca, pubescente, estrelada, partida mais da metade do seu comprimento, lobos deltoides a lanceolados. Anteras amarelas, oblongas, deiscência poricida abrindo-se em fendas. Estigma globoso, ovário subgloboso, pubescente.

Baga 0,5 × 0,5 mm, globosa, não envolvida pelo cálice frutífero, epicarpo glabro, verde quando jovem e negro na maturidade.

Sementes não observadas.

Fenologia: coletada com flores e frutos maduros em agosto.

Solanum americanum possui ampla distribuição mundial, ocorre em toda a América, desde os EUA até a Argentina e o Chile (Giacomin; Gomes, 2018). No Brasil, possui distribuição ampla, ocorrendo em toda extensão do território brasileiro, bem como em todos os domínios fitogeográficos (Flora do Brasil, 2020). Para a Bahia, a espécie é bem amostrada para o litoral sul, leste e centro-leste do Estado (CRIA, 2020). É uma espécie frequente em ambientes úmidos, sombreados, fragmentos antropizados e clareiras (Moreira; Bragança, 2011).

É considerada uma das principais espécie invasoras nas culturas comerciais no Brasil (Parreira et al., 2010). Na área em estudo, a espécie foi encontrada em uma pastagem, em local úmido.

Fonte: MOURA, J. N. & CAIRES, C. S. A família Solanaceae Juss. no município de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Rev. Paubrasilia, v. 49, p. 01-33, 2021.

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