Erva 24 cm alt., ereta, inerme. Caules e ramos angulosos, glabros a pubescentes, com tricomas esparsos, simples.
Folhas alternas, simples, discolores, membranáceas, lâmina 4,5–8,8 × 3,5–7,1 cm, ovada a elíptica, ápice acuminado, base oblíqua, margem dentada ou levemente lobada, ambas as faces com tricomas glabrescentes; pecíolo 0,3–3,5 cm de compr., anguloso.
Inflorescência axilar, uniflora. Botões florais não observados. Flores hermafroditas, com pedicelo cilíndrico, pubescente. Cálice 0,5 × 0,4 mm, campanulado, sépalas soldadas na maior parte do seu comprimento. Corola rotáceocampanulada, amarelo-pálida, tubo 0,8–0,9 mm de compr., com máculas marrons no interior do tubo, lacínias triangulares. Anteras azuis, deiscência longitudinal. Estigma capitado, ovário subgloboso.
Baga 1,6 × 1,5 cm, globosa envolvida pelo cálice acrescente e inflado, epicarpo verde quando jovem.
Sementes não observadas.
Fenologia: Coletada com flores e frutos imaturos em agosto.
Physalis angulata é uma espécie que ocorre abundantemente na América Central, América do Sul e em parte da América do Norte, como nos Estados Unidos (Soares et al., 2009). No Brasil, ocorre em quase todos os estados, exceto em Roraima, Tocantins e Sergipe, assim como ocorre em todos os domínios fitogeográficos, exceto no
Pampa (Flora do Brasil, 2020). Para a Bahia, há uma maior distribuição nas regiões centro-leste, leste e litoral sul baiano (CRIA, 2020).
É considerada uma erva daninha que habita preferencialmente ambientes antropizados, ruderais e terrenos baldios. Possui propriedades anti-inflamatória, anti-diabética, além de outras, razão pela qual é amplamente utilizada na medicina popular (Silva; Agra, 2005). Na área em estudo, a espécie foi encontrada em uma pastagem, em local úmido.
Fonte: MOURA, J. N. & CAIRES, C. S. A família Solanaceae Juss. no município de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Rev. Paubrasilia, v. 49, p. 01-33, 2021.