Arbusto 15 cm alt., ereto, inerme. Caules e ramos cilíndricos, glabrescentes, pubescência amarelada, tricomas simples.
Folhas simples, discolores, sub-coriáceas, lâmina 2,5–6,4 × 1,2–4,0 cm, oblongalanceolada, ápice agudo a acuminado, base atenuada, margem inteira, face adaxial pubescente ao longo da nervura, face abaxial glabrescente, ambas as faces com tricomas simples ou glandulares esparsos, diminutos, distribuídos na lâmina foliar; pecíolo 0,3–0,6 mm de compr., cilíndrico, puberulento.
Inflorescência em cimeira, terminal, pluriflora. Botões florais não observados. Flores hermafroditas, pediceladas. Cálice campanulado, não anguloso, tubo 0,7–1,0 cm de compr., pubescente, lacínias triangulares. Corola alva a violeta, hipocrateriforme, tubo da corola 1,2–1,5 cm de compr., glabrescente, lobos arredondados. Anteras oblongas, deiscência longitudinal. Estigma capitado, ovário cônico.
Frutos e sementes não observados.
Fenologia: coletada com flores em novembro.
Brunfelsia brasiliensis é uma espécie endêmica do Brasil, distribuída pelas regiões Nordeste (BA, PI), Centro-Oeste (DF, GO) e Sudeste (ES), em domínios fitogeográficos do Cerrado e da Mata Atlântica (Flora do Brasil, 2020). Estudos evidenciam também a capacidade de adaptação da espécie na Caatinga (Carvalho et al., 2001). Na Bahia, a
espécie é pouco amostrada, com registros apenas para porções da região sudoeste e sul do Estado (CRIA, 2020). A espécie coloniza frequentemente clareiras e margens de estradas e possui potencial ecológico para sobreviver mesmo com o desmatamento de florestas onde estão inseridas (Plowman, 1998; Carvalho et al., 2001). Na área em estudo, a espécie foi encontrada em um terreno aberto.
Fonte: MOURA, J. N. & CAIRES, C. S. A família Solanaceae Juss. no município de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Rev. Paubrasilia, v. 49, p. 01-33, 2021.