Arvoreta. Ramos jovens cilíndricos, castanho-esverdeados, glabros, com pontuações negras ao longo do caule, inermes.
Folhas isoladas, raro geminadas, de tamanho e forma semelhantes; pecíolo 3-9 mm compr., canaliculado, glabro; lâmina membranácea, (2,2)5,5-9,3 x (0,8)1,6-3,1 cm; lanceolada a estreitamente elíptica, ápice acuminado a cuspidado, base aguda a atenuada, raramente assimétrica, margem inteira, glabra; faces adaxial e abaxial verdes, glabras, com pontuações negras; folhas estipuláceas ausentes.
Inflorescência em fascículo, axilar, ca. 2,5 cm compr., glabra. Flores pediceladas, pedicelo 1,5-1,9 cm compr., glabro; bractéolas ausentes; cálice campanulado, ca. 3-4 mm diâm., 2-3 mm compr., lacínias denteadas; faces externa e interna glabras; corola rotáceo-estrelada, alva, internamente amarela com manchas magentas na base, 1,1-1,4 cm diâm.; lacínias 5-6 x 3-4 mm, triangulares, ápice agudo, glabro, margem glabra a ciliada, tricomas simples; face externa e interna glabras. Estames 5, heterodínamos, 3 maiores e 2 menores; filetes 3-4 mm compr., glabros; anteras alvo-esverdeadas, 1-2 mm compr., 1 mm diâm., oblongas, glabras, deiscência longitudinal. Ovário 1-2 mm diâm.,
subgloboso, glabro, ausência de disco nectarífero; estilete ca. 7 mm compr., reto, glabro; estigma capitado a levemente bifurcado.
Fruto baga, ca. 3 mm diâm., globoso, glabro, cálice não acrescente.
Aureliana fasciculata pode ser reconhecida pelos ramos e folhas glabras com pontuações negras; corola alva, internamente amarela com manchas magentas e cálice com lacínias dentadas não acrescente durante a frutificação. Na Serra Negra A. fasciculata ocorre a 1000 m de altitude, em local muito úmido no interior de mata de encosta. Floresce e frutifica no mês de novembro.
Aureliana fasciculata ocorre na Argentina, Paraguai, sudeste brasileiro, no Acre, Bahia, Paraná e Santa Catarina (HUNZIKER & BARBOZA, 1990) em Florestas Ombrófilas Densas Montanas e Alto-Montanas, Florestas Mesófilas Semidecíduas e áreas de restingas, além de matas secundárias com perturbação antrópica.
Segundo OLIVEIRA-FILHO (2006) esta espécie é considerada rara no estado de Minas Gerais, sendo encontrada principalmente no Vale do Paraíba do Sul e Mantiqueira Sul.
Fonte: FELICIANO, E. A. Solanaceae A. Juss. da Serra Negra, Rio Preto, Minas Gerais: Tratamento taxonômico e similaridade florística. 135f. Dissertação, Universidade Federal de Juiz de Fora, PGECOL, Juiz de Fora – MG, 2008.