Rubiaceae – Schizocalyx cuspidatus

Árvores ou arvoretas 2-6 m alt.; râmulos cilíndricos, castanhos, seríceos a glabrescentes. Estípulas estreitamente triangulares, 15-20 mm compr., 3-5 mm larg., com carena não evidente.

Folhas pecioladas; pecíolo 10-15 mm compr., ligeiramente sulcado; lâmina lanceolada a elíptica, base cuneada, margem plana, ápice agudo, acuminado a aristado, 20-35(-40) cm compr., 11-13(-19) cm larg., membranácea, discolor, ambas as faces velutinas; venação broqidódroma, nervuras salientes e retículo pouco conspícuo na face abaxial, nervuras impressas e retículo indistinto na face adaxial, domácias ausentes.

Panículas laxas, multifloras terminais e subterminais (até o segundo nó); pedúnculo 10-15 cm compr., delicado; brácteas inconspícuas; botões florais obtusos; cálice 3 mm compr., seríceo, tubo denteado no ápice; corola 4-6
mm compr., alva, tubo longo, lobos fortemente reflexos, ca. 3-4 mm compr.; estames exsertos e eretos, anteras ca. 5 mm compr.; estilete exserto, até 6 mm compr., hirsuto, estigma bilobado com ramos divergentes.

Cápsulas (imaturas) 4-5 mm compr., turbinadas, subsésseis, epicarpo seríceo; sementes 0,5 mm compr.

Espécie endêmica do leste do Brasil (Barbosa et al. 2014), ocorrendo em ambientes florestais na Serra do Cipó, com frutos em outubro. Inicialmente incluídas dentro de Bathysa, as espécies de Schizocalyx possuem ramos cilíndricos, estípulas conatas e decíduas e inflorescências laxas, enquanto que Bathysa tem ramos quadrangulares, estípulas
persistentes conatas apenas na base e inflorescências densas.

Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.

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