Arbusto com ramos eretos ou trepadores, 0,4-1 m alt.; ramos acinzentados, alvo-lanosos quando jovens, cilíndricos, entrenós distais 2-3 cm compr. Estípulas largamente triangulares a obovadoespatuladas, 4-5 x 5-8 mm.
Folhas sésseis a curtamente pecioladas; pecíolo 0-4 mm compr.; lâmina oval a amplamente lanceolada, base arredondada, raramente aguda, margem plana, ápice obtuso, por vezes acutiúsculo ou levemente mucronado, (4-)6-9
cm compr., (2-)3-5 cm larg., cartácea, discolor, secando mais clara na face abaxial, bulada e velutina na face adaxial, densamente alvo-lanosa a panosa na face abaxial; venação broquidódroma, nervuras secundárias em 12-16 pares, salientes na face abaxial.
Inflorescências fasciculadas, 6-12-floras, protegidas por brácteas foliáceas; flores sésseis; hipanto turbinado, densamente lanoso externamente, tubo presente, lacínios triangulares, agudos; corola alva a creme-amarelada, 6-8 x 4-5 mm, tubo cilíndrico, externamente tomentoso, internamente glabro, lobos patentes na antese.
Baga ovoide, 6 mm compr., densamente lanosa, vinácea a atrovinácea quando madura; sementes tetraédricas, 0,5-0,7 mm compr., castanho-avermelhadas.
Sabicea brasiliensis ocorre nos cerrados do Brasil e da Bolívia, com registros nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Bahia e Minas Gerais (Barbosa et al. 2014). Na Serra do Cipó, foi coletada no cerrado, campo cerrado e em floresta semidecidual, florescendo e frutificando entre janeiro e maio.
Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.