Arbusto ou arvoreta, 2-3 m alt.; ramos castanho-acinzentados, hirsutos quando jovens, entrenós superiores 4-8 cm compr., nós espessados. Estípulas 6-8 x 4-8 mm, com apêndice apical alargado, 7-9-aristado.
Folhas pecioladas; pecíolo 4-8 mm compr.; lâmina amplamente oboval a elíptica ou oblanceolada, base arredondada, margem revoluta, ápice obtuso, por vezes ligeiramente mucronado a apiculado, 7-10 cm compr., 3-8 cm larg., coriácea, adaxialmente bulada, densamente tomentosa na face abaxial; venação broquidódroma, nervuras secundárias e retículo conspícuos em ambas as faces, salientes na face abaxial, domácias ausentes.
Inflorescência terminal, em panícula multiflora densa, com eixos pilosos e aplanados; flores sésseis; hipanto turbinado, tubo ausente, lacínios ovais, ciliados; corola alva a creme-amarelada, 8-9 mm compr., tubo infundibuliforme, externamente piloso, internamente barbado, lobos reflexos na antese, anteras exsertas na flor brevistila, inclusas na flor longistila.
Drupa ovoide, 9-11 mm compr., lisa, amarela a vermelho-alaranjada; sementes hemisféricas, 7 mm compr., vermelhoescuras a atrovináceas.
Rudgea viburnoides encontra-se amplamente distribuída em cerrados e matas ciliares do Brasil central, atingindo a Bahia e o Amazonas, Paraguai, Bolívia, Peru e Equador (Zappi 2003). Na Serra do Cipó, foi coletada no afloramento de calcário na base da Serra, e também em matas deciduais na face oeste da Serra (Usina Cel. Américo Teixeira).
Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.