Subarbustos ou arbustos, (0,5-)1-3 m alt., quase totalmente glabros; ramos castanhoacinzentados, levemente comprimidos, entrenós superiores 1-4 cm compr., nós espessados. Estípulas 5-12 x 4-5 mm com apêndice apical 7-10-aristado.
Folhas pecioladas; pecíolo 1-9 mm compr.; lâmina estreitamente lanceolada, base atenuada a trunca da, margem revoluta, ápice agudo a acuminado, (2-)3-8(-10) cm compr., (0,8-)1-2,5 cm larg., firmemente cartácea, glabra; venação broquidódroma, nervuras secundárias e retículo inconspícuos a pouco conspícuos em ambas as faces, domácias ausentes.
Inflorescência terminal, subséssil a curtamente pedunculada, em cimeira congesta, 6-multiflora; flores sésseis; hipanto turbinado, tubo ausente, lacínios triangular-subulados, apresentando ocasionalmente lobos intercalicinos; corola alva a creme-amarelada, 4,5-5 mm compr., tubo largamente infundibuliforme, externamente glabro, internamente barbado, lobos patentes a reflexos na antese; anteras exsertas na flor brevistila, inclusas na flor longistila.
Drupa turbinada, 6-7 mm compr., costada, alva; sementes não observadas.
Rudgea sessilis possui ampla distribuição no sudeste do Brasil (Zappi 2003), porém esta subespécie é endêmica da Serra do Cipó, onde ocorre associada a matas ciliares, florescendo de setembro a janeiro e frutificando em maio. O
material F. Fernandes 396 apresenta folhas muito menores do que os restantes, mas as demais características encaixam-se dentro da circunscrição da subespécie.
Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.