Rubiaceae – Rudgea nodosa

Subarbustos ou arbustos, 0,5-1 m alt., glabros ou pilosos; ramos castanho-claros, levemente comprimidos, entrenós superiores 2-4 cm compr., nós espessados. Estípulas 10-12 x 5-6 mm com apêndice subapical esparsamente denteado.

Folhas pecioladas; pecíolo 4-8 mm compr.; lâmina elíptica a obovada, base atenuada a cuneada, margem ligeiramente revoluta, ápice obtuso a curtamente acuminado, (6-)9-10(-11) cm compr., 1,5-3 cm larg., cartácea, glabra ou pilosa na face inferior; venação broquidódroma, nervuras secundárias e retículo inconspícuos a pouco
conspícuos em ambas as faces, domácias pouco profundas, com tricomas na abertura.

Inflorescência terminal, curtamente pedunculada, em cimeira congesta, 6-12-flora; flores sésseis; hipanto turbinado,
lacínios largamente triangulares, ciliados; corola alva, carnosa, 10-15 mm compr., tubo infundibuliforme, externamente glabro, internamente piloso, lobos patentes na antese; anteras exsertas na flor brevistila, inclusas na flor longistila.

Drupa ovoide, 8-11 mm compr., lisa, verdeescura (provavelmente imatura); sementes hemisféricas, 6-7 mm compr., castanho-claras.

Rudgea nodosa ocorre nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais (Zappi 2003). Na Serra do Cipó, foi coletada uma única vez, com flores em novembro, em floresta nebular. Os materiais originários da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais eram conhecidos como Rudgea hypomalaca Standl., mas esse nome foi
sinonimizado por Zappi (2003) sob R. nodosa (Cham.) Benth.

O presente material não apresenta estípulas basais alargadas encontradas comumente em R. nodosa, e estudos moleculares estão sendo realizados no momento para esclarecer as relações entre as espécies do gênero (Bruniera & Zappi em prep.).

Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.

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