Arbusto 1-2 m alt.; ramos espessados, tetragonais, ferrugíneo-tomentosos. Estípulas triangulares, decíduas, 25-30 mm compr., 15 mm larg.
Folhas decussadas ou 3(-4)-verticiladas, pecioladas; pecíolo 14-20 mm compr.; lâmina elíptica a lanceolada, base cuneada, margem revoluta, ápice agudo, 14-23 cm compr., 5-7,5 cm larg., corrugada, coriácea, discolor, densamente ferrugíneo-tomentosa a velutina na face abaxial, pilosa a glabrescente na face adaxial; venação broquidódroma, nervuras secundárias 13-18 pares, fortemente impressas na face adaxial, salientes na face abaxial.
Inflorescências axilares a subterminais, 3-4-verticiladas, ultrapassando as folhas; flores pediceladas, subtendidas por brácteas naviculares; hipanto globoso, ca. 4 mm compr., tubo coroado por lobos subulados, ferrugíneo-tomentoso;
corola 2,5-3 cm compr., ca. 2 mm larg., externamente rósea, ferrugíneo-tomentosa, internamente creme, lobos
aproximadamente do mesmo comprimento que o tubo, reflexos, recurvados; estigma bífido.
Cápsula oblonga, pubescente, 1,5-2 cm compr., ca. 1 cm larg.; sementes oblongas, 3,5-4,5 mm compr., com ala emarginada.
Remijia ferruginea ocorre em Minas Gerais e São Paulo (Barbosa et al. 2014), em solos arenosos e entre rochas em áreas serrranas. Na Serra do Cipó, ocorre nos afloramentos rochosos acima de 800 m alt. Suas flores exalam aroma agradável, e seu período de floração ocorre de janeiro a fevereiro, tendo sido encontrada com frutos de fevereiro a setembro.
Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.