Rubiaceae – Psychotria subtriflora

Arbustos glabros, 2 m alt.; ramos cilíndricos, levemente estriados. Estípulas bipartidas a partir da base, lâmina inconspícua, 1-2 x 1-2,5 mm, lobos triangulares, obtusos, 1 mm compr.

Folhas opostas, subsésseis a pecioladas; pecíolo 1-6 mm compr.; lâmina estreitamente lanceolada, base decorrente,
margem plana a ligeiramente revoluta, ápice obtusiúsculo, 3-8 cm compr., 0,5-1,8 cm larg., cartácea, levemente discolor; venação eucamptódroma, nervuras secundárias (7-)9-11 pares, oblíquas, espaçadas, pouco evidentes, retículo pouco evidente.

Inflorescências terminais, em glomérulos sésseis, 1-4-floras, envolvidas por 2-3 brácteas estreitamente triangulares, 5 mm compr., verdes a escariosas; flores 5-meras, sésseis; hipanto tubuloso, verde, tubo 1 mm compr., lobos subulados, ca. 1 mm compr., ca. 0,5 mm larg.; corola alva a creme, 8-9 mm compr., 6-7 mm larg., glabra, infundibuliforme, lobos reflexos; estames inseridos na porção superior do tubo, anteras exsertas nas flores brevistilas.

Drupas obovoides, coroadas pelos restos do cálice, levemente sulcadas quando secas, azuis a arroxeadas quando
maduras, 4-6 mm compr., 3,5-5 mm diâm.

Com distribuição associada à Mata Atlântica (Rio de Janeiro e São Paulo), esta espécie também ocorre em florestas ciliares do Brasil central no estado de Goiás, Minas Gerais e Bahia (Barbosa et al. 2014).

Todas as populações de P. subtriflora da Serra do Cipó apresentam folhas estreitamente lanceoladas não atingindo 2 cm de largura, enquanto em outras localidades as folhas podem ultrapassar essa dimensão (Chaves & Mendes 63, Goiás). Crescendo em capões de mata, na Serra do Cipó, esta espécie foi coletada com flores em fevereiro e abril, frutificando em setembro.

Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.

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