Arbustos a árvores, 1,2-6 m, glabros; ramos cilíndricos, finamente estriados. Estípulas inteiras, decíduas, espatuladas, 8-15 x 4-8 mm.
Folhas opostas, pecioladas; pecíolo (0,5-)1-2,5 cm compr.; lâmina elíptica, lanceolada, oval ou oboval, base atenuada a cuneada, margem plana, ápice acuminado a acutiúsculo, (6-)8-16(-18) cm compr., (2-)3-6 cm larg., membranácea, concolor, secando castanhoavermelhada clara a enegrecida, glabra; venação broquidódroma, nervuras secundárias (6-)7-9 pares, oblíquas, distanciadas, salientes na face abaxial, planas na face adaxial, retículo pouco conspícuo.
Inflorescências terminais, do tipo tirso, piramidais, verde-claras a alvas; pedúnculo 1-6(-8) cm compr. ramificada em 2-4 ordens acima do pedúnculo; brácteas naviculares ou espatuladas, 3 mm compr.; flores 5-meras, sésseis a curtamente pediceladas; hipanto 1-1,5 x 1 mm, tubo do cálice expandido, lobos denteados, irregulares; corola alva, 4 mm compr., 2-2,5 mm larg., glabra externamente, pilosa internamente abaixo da inserção dos estames, lobos
suberetos; estames subinclusos; estigma bífido, incluso, glabro.
Drupas globosas, lisas quando secas, amarelas passando a avermelhadas, 7-9 mm compr., 6-9 mm diâm.
Amplamente distribuída na América do Sul, no leste do Brasil está associada à Mata Atlântica, ocorrendo em matas ciliares no Planalto Central e na Amazônia (Barbosa et al. 2014). É possível que seja conspecífica com Psychotria alba Ruiz & Pav. (1799) e Psychotria mapourioides DC. (1830), nomes usados no contexto do Brasil e da América do Sul, porém mais estudos são necessários para uma melhor compreensão dessas entidades taxonômicas. Na Serra do Cipó, foi coletada em mata ciliar e capão de mata, florescendo entre novembro e maio e frutificando em fevereiro, março e julho.
Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.