Ervas ou subarbustos eretos, 0,3-0,5 m alt.; ramos 1,5-2 mm diâm., rígido, castanho-claro, cilíndrico, hirsuto a estrigoso. Estípulas glabras a pubescentes, 5-10 x 3 mm, 7-9 fimbriadas.
Folhas opostas, regularmente dispostas ao longo dos ramos, sésseis; lâmina lanceolada a estreitamente-oval, base
auriculada a truncada, margem espessada, ápice agudo, aristado, 1-1,5(-2,5) cm compr., 3-6 mm larg., coriácea, secando amarelada, geralmente glabra, por vezes apresentando tricomas esparsos, longos; venação uninérvea, nervuras secundárias inconspícuas em ambas as faces.
Inflorescências axilares, 1-3-floras; flores sésseis; hipanto 1,5-2 mm compr., ca. 1 mm larg.; lacínios desiguais, bordo
serreado, persistentes no fruto; corola lilás a rosada, hipocrateriforme, 4-lobada, 8-12 mm compr., 2-4 mm larg.; anteras azuladas.
Mericarpos globosos a obovoides, levemente rugosos, esparsamente pubérulos, ca. 5 mm compr., ca. 3 mm larg.; sementes obovais.
Espécie neotropical, ocorrendo principalmente em lugares secos, em solos arenosos ou graníticos, apresenta grande variabilidade, o que dificulta a delimitação do táxon (Steyermark 1972).
Essa variabilidade é expressa principalmente na presença ou não de tricomas, na morfologia dos caules e frutos, bem como na forma, disposição e pilosidade das folhas. Na Serra do Cipó, cresce em campo rupestre sobre solo arenoso e pedregoso, florescendo e frutificando entre janeiro e março.
Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.