Rubiaceae – Declieuxia passerina

Subarbusto 15-77 cm alt.; caule estrigoso a densamente estrigoso, entrenós 1-7 mm compr. Estípulas inconspícuas (reduzidas a uma saliência).

Folhas opostas ou verticiladas, adpressas ao caule, sésseis, sem pares de folhas menores nas axilas; lâmina oval a lanceolada, base truncada ou cordada, margem revoluta, ápice acuminado, 5-10 mm compr., 1-4 mm larg., 2,1-6,6 vezes mais longa que larga, subcoriácea, concolor, secando enegrecida, glabra a densamente estrigosa; venação broquidódroma, com nervuras basais fortemente arqueadas.

Flores solitárias ou em inflorescências terminais ou axilares com 3 flores pediceladas; pedicelo 0,2-0,8 mm compr.;
hipanto estrigoso; lacínios triangulares a estreitamente triangulares ou estreitamente oblongas, ápice agudo a
arredondado, 0,2-0,3 mm compr., 0,02-0,2 mm larg.; corola azul, tubo 3,4-4,7 mm compr., 0,5-1 mm larg. na base, lobos triangulares a estreitamente triangulares, ápice agudo 1,5-2,7 mm compr., 0,6-1,2 mm larg.; filetes ca. 0,2 ou 0,9-1,2 mm compr., anteras 0,5-1 mm compr.; estilete 3,5-5,5 ou 2-2,5 mm compr., estigma 0,1-1 mm compr.

Mericarpos estrigosos a esparsamente estrigosos, 1,7-2 mm compr., 1,3-2 mm larg.

Declieuxia passerina ocorre apenas entre a região sul do Planalto de Diamantina (Gouveia) até o norte/noroeste da Serra do Cipó (Kirkbride 1976), em campo rupestre. Distingue-se facilmente das demais espécies por seu hábito herbáceo e pequenas folhas adpressas ao caule. Diferencia-se de D. cordigera var. cordigera pelas estípulas inconspícuas e pequenas inflorescências axilares com no máximo três flores. Coletada em flor e fruto de fevereiro a abril e em novembro.

Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.

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