Rubiaceae – Borreria rosmarinifolia

Ervas eretas, ramificadas a partir da metade da altura da planta, 30-40 cm alt.; ramos e râmulos cilíndricos a costados, não alados, glabros nas porções mais velhas e esparsa a densamente estrigosos nas demais porções, tricomas curtos, alvos. Estípulas semilunares, conatas, bainha 0,7-1,0 x 0,7-1,5 mm, laciniadas, 5-7 lacínios filiformes, até 4 mm compr., persistentes.

Folhas falsamente verticiladas, sésseis; lâmina acicular, base truncada, ápice agudo, 6-18 mm compr., 0,3-0,8 mm larg., coriácea, discolor, face abaxial glabra, avermelhada quando seca, face adaxial glabra, fosca, verde-clara quando seca; venação uninérvea, nervura primária saliente na face abaxial.

Flores em glomérulos densos apicais subtendidos por 4 brácteas alargadas na base, tornando-se abruptamente aciculares; hipanto 2-2,3 mm compr., estrigoso, tubo ausente, lacínios 4, agudos, 1-1,2 mm compr., ciliados apenas próximo à base; corola 3,5 mm compr., alva, tubo curto, lobos ereto-patentes, 1,75 mm compr., flores protogínicas,
anteras ca. 0,9 mm compr.; estilete até 2,5 mm compr., estigma globoso.

Frutos não vistos.

Borreria rosmarinifolia é endêmica da Serra do Cipó, ocorrendo em campo rupestre sobre solo arenoso-rochoso (Cabral & Bacigalupo 1997a). Diferencia-se facilmente das demais espécies de Borreria por suas folhas aciculares. Foi coletada com flores nos meses de fevereiro, março e maio.

Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.

Deixe um comentário