Rubiaceae – Borreria poaya

Ervas a subarbustos ramificados acima da base, eretos ou decumbentes, 30-60 cm alt.; râmulos quadrangulares, com vértices alados, glabros. Estípulas semilunares, conatas, 2 x 4-5 mm, laciniadas, lacínios 4-6, filiformes até 8 mm compr., persistentes.

Folhas opostas, sésseis; lâmina lanceolada, base arredondada, cordada ou truncada ápice agudo, 25-40 mm compr., 10-15 mm larg., cartácea, concolor, amarelada quando seca, glabra a pilosa, face adaxial canaliculada; venação
eucamptódroma, nervuras secundárias subparalelas, salientes na face abaxial, canaliculadas na face adaxial.

Flores em glomérulos densos apicais e axilares, subtendidos por 2 brácteas foliáceas alargadas; hipanto 7-8 mm compr., tubo curto, lacínios 4, agudos, 3-4 mm compr., ciliados; corola 8 mm compr., alva, tubo longo, lobos ereto-patentes, ca. 2 mm compr.; flores (protoginia não observada), anteras ca. 1 mm compr.; estilete até 7 mm compr., estigma bífido, lobos filiformes.

Cápsulas 7 mm compr., obovoides, sésseis, epicarpo estrigoso, endocarpo flexível, rompendo-se quando maduro; sementes elipsoides, 2,5 mm compr., com fenda adaxial; sementes maduras não observadas.

Borreria poaya é amplamente distribuída pelo Brasil, ocorrendo em campos e cerrados sobre solo arenoso (Barbosa et al. 2014). Na Serra do Cipó, foi coletada com flores entre novembro e junho, e frutificando em junho.

Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.

Deixe um comentário