Árvores a arvoretas até 5 m alt., râmulos quadrangulares, castanhos, seríceos. Estípulas triangulares,15-50 mm compr., 15-30 mm larg., com carena marcada, persistentes até o quinto nó.
Folhas opostas, pecioladas; pecíolo 15-25 mm compr., profundamente sulcado; lâmina amplamente oval a oboval, base cuneada, ápice agudo a arredondado, 20-35(-40) cm compr., 12-17 cm larg., cartácea, concolor, face abaxial aveludada, pilosas, face adaxial levemente rugosa e fosca, glabra, domácias ausentes; venação broquidódroma, nervuras na face abaxial salientes, curto-pilosas.
Flores em panículas multifloras terminais e subterminais (até o terceiro nó); pedúnculo 6-10 cm compr., espesso; brácteas conspícuas; hipanto 2 mm compr., hirsuto, tubo ausente, lacínios agudos, 0,5 mm compr.; corola 3 mm
compr., alva, tubo curto, lobos fortemente reflexos, ca. 1,5-2 mm compr.; estames exsertos e reflexos, anteras ca. 1,5 mm compr.; estilete exserto, até 3 mm compr., hirsuto, estigma bilobado com ramos divergentes.
Cápsulas 4-5 mm compr., turbinadas a obovoides, sésseis, epicarpo seríceo, endocarpo flexível, rompendo-se quando maduro; sementes numerosas, aplanadas, 0,5 mm compr.
Espécie endêmica dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, encontrada em matas ciliares. Na Serra do Cipó foi coletada com flores em setembro e dezembro e frutificando em agosto. Distingue-se de B. australis pelo porte menor, pelas folhas com base cuneada e flores com lobos da corola revolutos.
Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.