Rubiaceae – Bathysa australis

Árvores até 10 m alt., râmulos quadrangulares, castanhos, seríceos. Estípulas triangulares,18-32 mm compr., 6-14 mm larg., carena não evidente.

Folhas opostas, pecioladas; pecíolo 30 mm compr., não sulcado; lâmina amplamente oval a oboval, base arredondada, ápice arredondado a obtuso, 20-40(-60) cm compr., 18-30 cm larg., cartácea, discolor, face abaxial rugosa e fosca, esparsamente pilosas, adaxial rugosa e fosca, escabra ou glabra, domácias ausentes; venação broquidódroma, nervuras na face abaxial salientes, curto-pilosas.

Flores em amplas panículas multifloras terminais e subterminais (até o terceiro nó); pedúnculo 15-20(-30) cm compr., espesso; brácteas conspícuas; hipanto 1,2 mm compr., hirsuto, tubo ausente, lacínios obtusos, 0,3-0,4 mm compr.; corola 3 mm compr., alva, tubo curto, lobos eretos, ca. 1,5-2 mm compr.; estames exsertos, anteras ca. 0,8 mm compr.; estilete exserto, até 2 mm compr., hirsuto, estigma bilobado.

Cápsulas 3-4 mm compr., obovoides, sésseis, epicarpo seríceo, endocarpo flexível, rompendo-se quando maduro;
sementes numerosas, aplanadas, 0,4 mm compr.

Bathysa australis ocorre na Bolívia e Brasil, onde se concentra na região leste do país. Os dois únicos registros da Serra do Cipó são estéreis, sendo possível determinar sua identidade por meio das folhas com base arredondada e nervuras aproximadas na base, e por se tratar de árvores maiores do que B. nicholsonii.

Fonte: ZAPPI, D. C.; CÁLIO, M. F. & PIRANI, J. R. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Rubiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-140, 2014.

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