Arbustos escandentes a lianas, ramos espessos, cilíndricos, estriados, estrigulosos a glabrescentes.
Pecíolo 2-3mm, rugoso, estriguloso, glândulas curto-cilíndricas ou circulares e sésseis; lâmina rígido-membranácea,
3,4-7,5×1,2-5cm, elíptica a largamente elíptica, ápice agudo ou acuminado a levemente cuspidado, base aguda, obtusa a arredondada, nervuras secundárias numerosas, tenuíssimas, paralelas, proeminentes em ambas as faces,
distantes entre 1-4mm, nítidas em ambas as faces.
Racemo terminal, 2-5cm, raque tomentosa, glândulas curto-cilíndricas, por vezes, inconspícuas devido à pilosidade densa da raque; bractéolas caducas no botão, tomentosas no dorso, central 2-2,4×1-1,2mm, ovado-subulada, o dobro das laterais ovadas; pedicelo 8-11mm, estriguloso. Flores 11-12mm, róseas, lilases a purpúrea; filetes unidos ca. 8/10 em bainha; ovário piloso na giba, estigma bilobado.
Sâmara com núcleo seminífero, 1-1,7×1-1,7cm (Marques 1996), orbicular-reticulado, escassamente pubérulo, ala 3,7-5,5×1,6-2,5cm na sua maior largura, escassamente pubérula.
Ocorre no Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. E7, E8, F4: mata. Coletada com flores de dezembro a março, fruto imaturo em junho.
S. acuminata A. St.-Hil. et Moq., só conhecida para Minas Gerais através do tipo e dois exemplares ainda em botões, é muito próxima de S. macrocarpa. As flores maiores desta são o principal caráter que a separa de S. acuminata, esperando-se que mais exemplares examinados e observações de campo possam melhor defini-las como espécies distintas. Segundo Wurdack & Smith (1971), é uma espécie hidrófita e ciófita exclusiva da mata pluvial da vertente atlântica.
Fonte: MARQUES, M. do C. M. & GIL, F. S. Flora de Grão-Mogol, Minas Gerais: Polygalaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, v. 24, p. 19-24, 2006.