Phyllanthaceae – Phyllanthus juglandifolius

Arbusto a árvore, 2,5–7 m alt., monoica. Ramificação não filantóide. Ramos cilíndricos, glabros. Catafilos 1,5 mm, triangulares, glabros. Estípulas 2 mm, triangulares, glabras.

Pecíolo 4–5 mm, glabro. Limbo foliar 5,5–12 × 2,4–4,5 cm, presente apenas nos ramos secundários, alterno, oblongo a oblongo-oval, base obtusa, às vezes arredondada, ápice acuminado a agudo, coriáceo, levemente discolor, faces abaxial e adaxial glabras, margem inteira, nervação broquidódroma. Brácteas 1,5–2 mm compr., triangulares a elípticas, pubescentes.

Címulas axilares bissexuais. Flores estaminadas: pedicelo 10–14 mm compr., glabro; sépalas 5, 1,5 mm compr., livres, unisseriadas, oblongas a elípticas, ápice arredondado, sem faixa central esverdeada evidente, membranáceas, margem inteira; estames 4-6, ca. de 0,5 mm compr., totalmente unidos, disco inteiro, superfície com cavidades côncavas, anteras com rimas horizontais. Flores pistiladas: pedicelo 11 mm compr., glabro; sépalas 5, 2–3 mm compr., livres, unisseriadas, elípticas, às vezes obovais, ápice obtuso a arredondado, sem faixa central esverdeada evidente, disco glandular inteiro; ovário 2 mm compr., piriforme, liso, estiletes ausentes, estigmas 3, lobados.

Cápsula 6–10 × 6–10 mm, globosa, glabra; pedicelo ca. 15 mm compr., glabro.

Sementes 5 mm compr., trígonas, testa lisa.

Comentários e distribuição: Phyllanthus juglandifolius possui distribuição na América do Sul (Bolivia, Brasil, Equador, Guiana Francesa, Peru, Trinidad e Tobago e Venezuela) e América Central (Antilhas), ocorrendo em florestas secundárias (Webster 1956).

No Brasil ocorre nas regiões Norte (AM, PA, RO, TO), Nordeste (BA, MA, PB, PE) e Sudeste (MG, RJ, SP) nos domínios da Amazônia e Mata Atlântica (Flora do Brasil 2020 em construção; Silva & Sales 2007).

Neste trabalho é apresentada uma nova ocorrência para o estado de Alagoas. Na área de estudo (Fig. 8) foi encontrada nos estados de AL, BA e PE, em bordas e interior de florestas ombrófilas. Coletada com flores e frutos de março a junho. Pode ser reconhecida pelo porte arbustivo a arbóreo, folhas oblongas a oblongo-ovais com ápice acuminado a agudo, flores estaminadas e pistiladas com 5 sépalas, e flores estaminadas com 4 a 6 estames, totalmente unidos e estiletes ausentes.

Seu status de conservação na área de estudo é pouco preocupante (LC), em virtude de possuir uma EOO de 54.640, 207 km2 e em perigo (EN) devido a uma AOO de 32.000 km2 (IUCN 2001). A espécie também pode ser encontrada nos limites da Reserva Biológica de Pedra Talhada (AL) e Estação Ecológica do Tapacurá (PE).

Fonte: TORRES, A. M. Taxonomia de Phyllanthaceae na Mata Atlântica Nordestina, Brasil. 2020. 179 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Recife, 2020.

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