Phyllanthaceae – Phyllanthus hypoleucus

Subarbusto, 50–80 cm alt., monoico. Ramificação não filantóide. Ramos 3–4 cm, cilíndricos, glabros. Catafilos ausentes.

Estípulas menor que 1 mm compr., ovais, glabras. Pecíolo menor que 1 mm compr., glabro. Limbo foliar 6–38 × 3–20 mm, presente apenas nos ramos secundários, oval, às vezes elíptico, base obtusa, ápice agudo a acuminado, membranáceo, levemente discolor, faces abaxial e adaxial papilosas, margem inteira, nervação broquidódroma.

Brácteas menor que 1 mm, ovais, glabras. Flores em fascículos axilares proximais a terminais, com 3 a 6 flores estaminadas e 1 pistilada. Flores estaminadas: pedicelo 2–3 mm compr., glabro; sépalas 6, 2–3 mm compr., livres, unisseriadas, elípticas a obovais, ápice obtuso, às vezes arredondado, com faixa central esverdeada evidente, membranáceas; disco glandular com 6 segmentos, arredondados, superfície côncava, alternos as sépalas; estames 3, ca. 2 mm compr., livres, tecas divergentes, anteras com rimas horizontais. Flores pistiladas: pedicelo 6–8 mm compr., glabro; sépalas 6, 1–1,3 mm compr., livres, unisseriadas, elípticas, ápice obtuso, com faixa central esverdeada evidente, membranáceas; disco glandular cupuliforme; ovário ca. 0,5 mm compr., globoso, liso, estiletes 3, menor que 1mm compr., livres, bífidos, estigmas capitados.

Capsula ca. 2,5 × 2,5 mm, globosa, lisa; pedicelo 7–8 mm compr., glabro.

Sementes 2 mm compr., trígonas, testa lisa.

Comentários e distribuição: Phyllanthus hypoleucus é endêmica do Brasil, onde está distribuida na região Sudeste (ES) e Nordeste (BA) em florestas Atlânticas (Webster 2002) (Fig. 10). Foi reportada erroneamente para o estado de Pernambuco (Silva & Sales 2007). Na verdade, o exemplar identificado como P. hypoleucus tratava-se de P. augustini.

Na área de estudo foi encontrada em restingas e florestas estacionais semideciduais. Coletada com flores e frutos em fevereiro. É facilmente reconhecida pelas folhas ovais, às vezes elípticas, com ápice agudo a acuminado e faces abaxial e adaxial papilosa.

Seu status de conservação na área de estudo é criticamente ameaçada (CR), em virtude de possuir uma EOO de 9. 669 km2 e em perigo (EN) devido a uma AOO de 12.000 km2 (IUCN 2001).

Não localizamos espécimes crescendo em áreas de conservação na Mata Atlântica nordestina.

Fonte: TORRES, A. M. Taxonomia de Phyllanthaceae na Mata Atlântica Nordestina, Brasil. 2020. 179 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Recife, 2020.

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