Phyllanthaceae – Phyllanthus carvalhoi

Subarbusto 50–70 cm alt., monoico. Ramos 10–13 cm, cilíndricos, pinatiformes, puberulentos, não modificados em cladódios.

Catafilos ausentes. Estípulas 1 mm compr., triangulares glabras. Limbo foliar séssil a subséssil, 10–14 × 6–7 mm, presente apenas nos ramos secundários, alterno, oblongo-falcado, base assimétrica, ápice mucronado, cartáceo, levemente discolor, face abaxial papilosa e adaxial glabra, margem inteira, nervação broquidódroma.

Flores pistiladas e estaminadas solitárias. Brácteas ca. 1 mm compr., lanceoladas, glabras. Flores estaminadas:
pedicelo 3–5 mm, glabro; sépalas 5, 1,5–2 mm compr., livres, unisseriadas, elípticas a obovais, ápice levemente obtuso a arredondado, com faixa central amarelada evidente, subcartáceas; disco glandular com 5 segmentos, obtriangulares, verruculosos, alternos as sépalas; estames 3, 0,8–1 mm compr., livres, anteras com rimas horizontais. Flores pistiladas: pedicelo 14–18 mm compr., glabro; sépalas 5–6, livres, bisseriadas, sépalas externas ca. 4 mm compr., elípticoobovais; internas 2 mm compr., elípticas, ápice obtuso, ambas com nervura central amarelada evidente, membranáceas; disco inteiro, margens onduladas; ovário 1,5 mm compr., globoso, liso, estiletes 3, 1,3 mm compr., livres, bífidos, lobados.

Cápsulas globosas, superfície lisa; pedicelo 2 mm compr., glabro. Sementes não observadas.

Distribuição e comentários: Phyllanthus carvalhoi é restrita à Mata Atlântica do sul baiano, sendo conhecida apenas para o município de Itamaraju, na localidade do tipo (Webster 2002, Torres et al. 2020a) (Fig. 6). Coletada com flores nos meses de maio e novembro e com frutos no mês de novembro. Pode ser reconhecida pelas folhas sésseis a subsésseis, assimétricas na base, flores pistiladas solitárias com pedicelo longo (14–18 mm compr.) e sépalas pistiladas bisseriadas.

Seu status de conservação na área de estudo é criticamente ameaçada (CR), em virtude de possuir uma EOO de 0.000 km2 e uma AOO de 4.000 km2 (IUCN 2001). Além disso, a espécie ocorre em apenas uma localidade na Mata Atlântica, sendo esta área bastante antropizada, em virtude do cultivo de Cacau.

Fonte: TORRES, A. M. Taxonomia de Phyllanthaceae na Mata Atlântica Nordestina, Brasil. 2020. 179 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Recife, 2020.

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