Orchidaceae – Veyretia rupicola

Plantas rupícolas, áfilas na floração, 19,0-30,0 cm alt.

Inflorescência em racemo espiciforme, multiflora, laxa; bainhas lanceoladas, ereto-patentes, membranáceas, levemente pilosas, 1,5-3,0 cm compr., ápice acuminado; raque 5,0-6,5 cm compr.; brácteas florais lanceoladas a linear-lanceoladas, laxas, esparsamente pilosas, 1,5-2,0 cm compr., 0,5-0,7 cm larg., ápice acuminado. Flores brancas com nervuras esverdeadas, relativamente grandes; ovário ereto-patente, oblongo-fusiforme, na base com o dorso côncavo; sépalas pubescentes na base, a dorsal estreitamente oblongo-lanceolada, contraída no centro, ca. 16,0 mm compr., ca. 4,0 mm larg., ápice obtuso, as laterais linear-oblongas, assimétricas, ca. 18,0 mm compr., ca. 3,0 mm larg., ápice irregular, acuminado; pétalas linear-espatuladas, falcadas, assimétricas, 10,0-11,0 mm compr., ca. 3,0 mm larg., ápice obtuso, base atenuada; labelo ereto, 3-lobado, âmbito oblongo-espatulado, ca. 25,0 mm compr., ca. 6,0 mm larg., base ungüiculada, dotada de nectários conspícuos, ca. 4,0 mm compr., o terço médio ligeiramente
dilatado em pequenos lobos laterais arredondados, então, contraído na porção apical, formando um lobo mediano dilatado, levemente orbicular, de margem crenulada; ginostêmio ereto, glabro, ca. 7,0 mm compr.; rostelo ligulado, ápice emarginado.

Fruto não visto.

Além de Minas Gerais, é também conhecida para os estados de São Paulo, Goiás e Distrito Federal (Pabst & Dungs 1975; Sprunger et al. 1996) e Bahia (Toscano-de-Brito & Cribb 2005). Na Serra do Cipó, vegeta nos campos rupestres e campos abertos, entre a vegetação herbácea. Veyretia rupicola é diferenciada pelo ovário côncavo na base da face
dorsal, e pelo lobo mediano do labelo, ungüiculado, orbicular e mais largo do que os lobos laterais. Floresce de agosto a novembro.

Esta espécie aparece referida, mais freqüentemente, com o nome de Sarcoglottis rupestris Barb. Rodr. (e.g. Hoehne 1945; Pabst & Dungs 1975). Duas ótimas ilustrações dessa espécie podem ser encontradas em Hoehne (1945, 1949), sob o binômio Sarcoglottis rupestris.

Fonte: GUIMARÃES, L. R. S. Flora da Serra do Cipó (Minas Gerais, Brasil): Orchidaceae – subfamília Vanilloideae e subtribos Dendrobiinae, Oncidiinae, Maxillariinae (subfamília Epidendroideae), Goodyerinae, Spiranthinae e Cranichidinae (subfamília Orchidoideae). 150f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2010.

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