Orchidaceae – Skeptrostachys congestiflora

Plantas terrícolas, 24,5-58,0 cm alt. Raízes carnosas, 5,0-8,0 cm compr.

Folhas basais em roseta, oblongo-lanceoladas, 6,0-7,0 cm compr., 1,0-2,0 cm larg., ápice agudo, base atenuada.

Inflorescência em racemo, multiflora, congesta; pedúnculo ereto, 15,0-38,0 cm compr., coberto por bainhas adpressas, invaginantes, foliáceas, que decrescem em tamanho em direção ao ápice do pedúnculo, 3,0-5,5 cm compr.; raque 3,0-6,0 cm compr.; brácteas florais lanceoladas, membranáceas, 1,0-2,0 cm compr., ápice agudo. Flores alaranjadas, salmão ou avermelhadas, patentes ou ereto-patentes; sépalas côncavas, pilosas externamente, a dorsal ovada a subtriangular, ca. 8,0 mm compr., ca. 4,0 mm larg., ápice agudo, as laterais ovado-lanceoladas a ovado-triangulares, ápice agudo, coalescentes na base ao pé do ginostêmio, formando um mento globoso; pétalas largamente lanceoladas, côncavas, levemente falcadas, 8,0-10,0 mm compr., 2,5-5,0 mm larg., ápice agudo; labelo ereto, 3-lobado, ca. 15,0 mm compr., ca. 5,0 mm larg., base com um par de nectários conspícuos, alongados, não destacados do labelo, esparsamente pilosos na região interna, lobos laterais arredondados, ápice obtuso, lobo mediano oblongo-lanceolado, ligeiramente curvado, ápice agudo; ginostêmio rígido, ca. 5,0 mm compr.; rostelo rígido, acuminado.

Fruto não visto.

Skeptrostachys congestiflora era anteriormente conhecida para os estados de Minas Gerais (Barros 1987) e Rio Grande do Sul (Pabst & Dungs 1975). Na Chapada Diamantina, Bahia, foi recentemente citada por Toscano-de-Brito & Cribb (2005). Espécie terrícola, dos afloramentos rochosos dos campos rupestres ou campos abertos e ensolarados. Facilmente reconhecida pelas flores alaranjadas, salmão ou avermelhadas, e pela inflorescência bastante congesta, como sugere o epíteto específico. Floresce o ano todo, predominantemente nos meses de outubro a dezembro.

Fonte: GUIMARÃES, L. R. S. Flora da Serra do Cipó (Minas Gerais, Brasil): Orchidaceae – subfamília Vanilloideae e subtribos Dendrobiinae, Oncidiinae, Maxillariinae (subfamília Epidendroideae), Goodyerinae, Spiranthinae e Cranichidinae (subfamília Orchidoideae). 150f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2010.

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