Orchidaceae – Prosthechea moojenii

Erva rupícola, 16,0–26,7 cm de compr., crescimento simpodial. Raízes delgadas, cilíndricas, aglomeradas, emergindo abaixo do caule. Pseudobulbos 6,0–10,0 cm de compr., 1,6–4,5 cm de diâm., aéreos, elípticos, 2-foliados, sem brácteas paleáceas.

Folhas paralelinérveas, 8,0–13,2 × 1,6–2,9 cm, alternas não-espiraladas, oblongas, face adaxial e abaxial verde sem máculas, suculentas, ápice obtuso a agudo, base truncada, presentes durante a floração.

Inflorescência terminal ao pseudobulbo, ereta, sem keikis, 5–7 flores; pedúnculo 5,5–12,0 cm de compr., verde; brácteas do pedúnculo 2–3, 4,0–5,0 mm de compr., lanceoladas, suculentas, ápice agudo, base truncada; raque 5,4–9,0 cm de compr.; bráctea floral 2,0–4,0 mm de compr., lanceolada, suculenta, ápice agudo, base truncada. Flores não ressupinadas, face dorsal suavemente tracejado de vináceo; pedicelo incluindo o ovário 12,0–22,0 mm de compr. Sépalas verdes, suculentas, margem inteira, ápice agudo; laterais 15,0–18,0 × 5,0–7,0 mm, lanceoladas, separadas, base truncada, glabras; mediana 16,0–20,0 × 5,0–7,0 mm, lanceolada, base truncada. Pétalas 14,0–19,0 × 5,0–7,0 mm, inteiras, verdes, lanceoladas, suculentas, margem inteira, ápice agudo, base angustada. Labelo inteiro, 12,0–14,0 × 6,0–12,0 mm, branco, suculento, glabro, sem calosidade, sem fímbrias; lobos laterais indiferenciados; lobo mediano indiferenciado; calcar ausente. Coluna 7,0–9,0 × 5,0 mm, sem projeções, ligeiramente encurvada, superfície ventral depressa; antena ausente. Antera 2,0–2,3 × 2,0–3,0 mm, sem apêndice apical; polínias 4, iguais, ovais.

Fruto 2,0–2,5 × 0,9–1,5 cm sem rudimentos florais.

Foi descrita em 1956 como Epidendrum moojenii a partir de material coletado entre Palmeiras e Lençóis, sendo transferida para o gênero Prosthechea em 1998 (Toscano de Brito & Cribb 2005). Ocorre em Minas Gerais e na Bahia foi citada para vários municípios da Chapada Diamantina entre eles Abaíra, Ibicoara, Lençóis, Morro do Chapéu, Mucugê e Palmeiras (Toscano de Brito & Cribb 2005).

Em Morro do Chapéu, foi coletada nos afloramentos rochosos de campos rupestres. A inflorescência é da mesma altura ou pouco maior que as folhas. As flores são esverdeadas e exalam forte odor de mel a certas horas do dia, especialmente à noite. Pode apresentar morfologia variável, principalmente quanto ao labelo, chegando a ser identificada, erroneamente, como espécies distintas (Toscano de Brito & Cribb 2005). Floresce de setembro a março.

Fonte: BASTOS, C. A. A família Orchidaceae no município de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. 120f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana – BA, 2009.

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