Erva epífita, 65,2–89,7 cm de compr., crescimento simpodial. Raízes delgadas, cilíndricas, aglomeradas, emergindo abaixo dos pseudobulbos. Pseudobulbos 5,2–6,0 cm de compr., 1,5–2,5 cm de diam., aéreos, ovados, 2-foliado, com bráctea foliácea e brácteas paleáceas.
Folhas paralelinérveas, 12,6–15,9 × 2,2–3,3 cm, alternas não-espiraladas, oblongas, face adaxial e abaxial verde sem máculas, cartáceas, ápice agudo, base angustada, presentes durante a floração.
Inflorescência saindo da base do pseudobulbo, 65,2–86,2 cm de compr., pendente, sem keikis, 5 a mais de 30 flores; pedúnculo 31,2–48,0 cm de compr., verde; brácteas do pedúnculo 3–4, 5,0–12,0 mm de compr., lanceoladas,
paleáceas, ápice pungente, base truncada; raque 17,2–55,0 cm de compr.; bráctea floral ca. de 3,0 mm de compr., lanceolada, membranácea, ápice pungente, base truncada. Flores ressupinadas, face dorsal de cor semelhante à face ventral; pedicelo incluindo o ovário 27,0–30, mm de compr. Sépalas amarronzadas, membranáceas, margem ondulada, ápice agudo; laterais 24,0–27,0 × 6,0 mm, lanceoladas, unidas na base angustada, glabras; mediana 20,0–25,0 × 6,0–10,0 mm, lanceolada, base angustada. Pétalas 19,0–25,0 × 12,0–19,0 mm, inteiras, amarronzadas, elípticas, membranáceas, margem ondulada, ápice retuso, base breve angustada. Labelo trilobado, amarelo com margem amarronzada, membranáceo, glabro, com calosidade verrucosa, sem fímbrias; lobos laterais 4,0 × 6,0 mm, auriculados, abertos, 90º com lobo mediano; lobo mediano 12,0–13,0 × 18,0–19,0 mm, losangular; calcar ausente. Coluna 8,0 × 4,0 mm, com projeção membranosa, encurvada, superfície ventral depressa; antena ausente. Antera 3,0 × 2,0 mm, sem apêndice apical; polínias 2, iguais, obovais.
Fruto não visualizado.
Oncidium gravesianum foi descrito em 1892.
Ocorre no Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo (Pabst
& Dungs 1977). Na Chapada Diamantina foi encontrada em Catolés (Toscano de Brito & Queiroz 2003), Morro do Chapéu e Rio de Contas (Toscano de Brito & Cribb 2005). Em Morro do Chapéu, ocorre em área de mata.
É encontrado com flor em fevereiro e março. Segundo Toscano de Brito & Cribb (2005), essa espécie é frequentemente confundida com Oncidium curtum Lindl., O. crispum Lodd. e O. enderianum Sanders ex Masters, consideradas espécies próximas de O. gravesianum, sem, no entanto citar quais características as separam.
Fonte: BASTOS, C. A. A família Orchidaceae no município de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. 120f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana – BA, 2009.