Orchidaceae – Maxillaria lindleyana

Plantas epífitas, 15,0-20,0 cm alt. Rizoma ca. 1,0 cm compr. entre pseudobulbos; pseudobulbo verde-claro, obovóide, lateralmente compresso, 2,0-3,5 cm compr., 0,8-1,5 cm larg., ápice 1-foliado, base com bainhas foliadas.

Folha oblonga a oblanceolada, subcoriácea, 8,0-21,0 cm compr., 2,0-3,0 cm larg., ápice agudo, levemente oblíquo, base atenuada em pseudo-pecíolo; bainha ca. 1,0 cm compr., base imbricante.

Inflorescência em fascículo, 5,0-12,0 cm compr.; bráctea floral coriácea, 15,0-20,0 mm compr. Flores amareladas,
relativamente grandes e vistosas; perianto ca. 5,0 cm compr.; pedicelo + ovário ca. 3,0 cm compr.; sépalas livres, longas, estreitamente triangulares, a dorsal ereta e arcada para frente, ca. 25,0 mm compr., ca. 3,0 mm larg., ápice acuminado, as laterais patentes, ligeiramente côncavas, 22,0-24,0 mm compr., 3,0-4,0 mm larg., ápice acuminado, base oblíqua; pétalas subpatentes, linear-lanceoladas, alargadas na base, 17,0-18,0 mm compr., ca. 3,0 mm larg.,
ápice acuminado; labelo castanho-escuro com ápice amarelo, inteiro, âmbito obovado, ligeiramente carnoso, ca. 9,0 mm compr., ca. 5,0 mm larg., ápice arredondado, calo amarelo, claviforme; ginostêmio castanho-escuro, ereto, semi-clavado, ca. 6,0 mm compr., base prolongada em pé de ca. 3,0 mm compr.

Fruto não visto.

Ocorre desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, em áreas úmidas de altitude, principalmente a Serra do Mar e da Mantiqueira (Hoehne 1953; Pabst & Dungs 1977), sendo registrada agora a primeira ocorrência para a Serra do Cipó, Minas Gerais. Caracteriza-se por apresentar sépalas e pétalas amareladas, labelo inteiro, castanho-escuro com ápice amarelo e ginostêmio castanho-escuro. Floresce praticamente o ano todo.

Fonte: GUIMARÃES, L. R. S. Flora da Serra do Cipó (Minas Gerais, Brasil): Orchidaceae – subfamília Vanilloideae e subtribos Dendrobiinae, Oncidiinae, Maxillariinae (subfamília Epidendroideae), Goodyerinae, Spiranthinae e Cranichidinae (subfamília Orchidoideae). 150f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2010.

Deixe um comentário