Terrícola ou rupícola, 45–55 cm alt. Cauloma intumescido em pseudobulbo; pseudobulbos ca. 2 cm compr., piriformes, unifoliados.
Folhas verde-escuras, subcoriáceas, plicadas, nervuras longitudinais proeminentes, 35–48 × 3,5–4 cm, oblanceoladas, ápice agudo.
Inflorescência em racemo, lateral, 45–55 cm compr., multiflora, ereta, laxa. Flores alvas com máculas vinosas,
ressupinadas, pediceladas, ecalcaradas; sépala dorsal alva, ca. 1,4–1,5 × 0,8 cm, elíptica, ápice arredondado; sépalas laterais alvas, ca. 1,4–1,5 × 0,8 cm, elípticas, ápice arredondado; pétalas alvas com máculas vinosas, ca. 1,2–1,3 × 0,8 cm, elípticas, ápice arredondado; labelo alvo com máculas vinosas, ca. 0,7 × 1,1 cm, trilobado, lobo mediano ca. 0,5 × 1,1 cm, reniforme, ápice arredondado, lobos laterais ca. 4 × 5 mm, suborbiculares; ginostêmio alvo, ca. 4 mm compr.
Koellensteinia tricolor está distribuída, no Brasil, pelos estados do Amapá, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Roraima, ocorrendo também na Guiana, Peru e Venezuela (Barros et al. 2013; World Checklist of Monocotyledons 2012). Espécie coletada em campos rupestres, margeando corpos d’água no PESCAN e vista em flor entre os meses de dezembro e fevereiro. Ao contrário do que ocorre na maior parte das localidades onde foi registrada, nas quais ocorre em áreas com vegetação aberta, uma pequena população de K. tricolor foi encontrada dentro de mata de galeria no PESCAN. Koellensteinia tricolor pode ser diferenciada das outras espécies de orquídeas ocorrentes na região estudada por suas flores alvas com máculas vinosas nas pétalas e no labelo e por suas longas folhas plicadas quase do mesmo comprimento da inflorescência.
Fonte: HALL, C. F.; KLEIN, V. L. G. & BARROS, F. de. Orchidaceae no município de Caldas Novas, Goiás, Brasil. Rev. Rodriguésia, v. 64, n. 4, p. 685-704, 2013.