Terrícola, ca. 73,5 cm alt. Raízes destituídas de tuberoides. Caule não intumescido em pseudobulbo.
Folhas coriáceas, espiraladas ao longo do caule, sésseis, nervação reticulada, 4–11,4 × 2,9–6,7 cm, arredondadas a ovallanceoladas, base arredondada a cordada, ápice agudo a emarginado.
Inflorescência em racemo, terminal, 30,9–32,3 cm compr., pauciflora, ereta, laxa. Flores lilases, ressupinadas, pediceladas, ecalcaradas, com calículo no ápice do ovário; sépala dorsal 3,9–4,7 × 0,8–1,1 cm, oblanceolada, ápice agudo; sépalas laterais 4,6–5,5 × 0,9–1,3 cm, oblanceoladas, ápice agudo; pétalas 4,5–5,5 × 0,8–1,3 cm, oblanceoladas, ápice agudo a obtuso; labelo lilás com centro alvo e estrias lilases, 4,5–6,4 × 3,3–4,2 cm, âmbito ovado, ápice fendido, não adnato ao ginostêmio, crista central com tricomas alvos; ginostêmio alvo, ca. 3,4 cm compr.
Epistephium sclerophyllum está distribuído pelo Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, São Paulo e Tocantins, ocorrendo também no Paraguai, Peru e Bolívia (Pabst & Dungs 1975; Barros et al. 2013). Espécie coletada em áreas de cerrado sensu stricto e campo sujo.
Floresce no mês de fevereiro. Epistephium sclerophyllum pode ser diferenciada das outras espécies de orquídeas ocorrentes na região estudada pelas folhas coriáceas com nervação reticulada e flores com presença de calículo no ápice do ovário.
Fonte: HALL, C. F.; KLEIN, V. L. G. & BARROS, F. de. Orchidaceae no município de Caldas Novas, Goiás, Brasil. Rev. Rodriguésia, v. 64, n. 4, p. 685-704, 2013.