Orchidaceae – Cleistes pusilla

Plantas terrícolas, ca. 15,0 cm alt. Tuberóide ca. 2,0 cm compr., ca. 0,5 cm larg.

Folhas reduzidas, lanceoladas, eretas, adpressas ao caule, ca. 5,0 mm compr., ca. 1,5 mm larg.

Inflorescência 1-flora. Flor rósea; pedicelo + ovário ca. 1,5 cm compr.; sépalas linearlanceoladas, 15,0-20,0 mm compr., ca. 4,0 mm larg., ápice agudo; pétalas oblanceoladas, 15,0-20,0 mm compr., ca. 5,0 mm larg., ápice agudo ou acuminado; labelo rosa pálido em direção à base, róseo-escuro com estrias vináceas para o ápice, 3-lobado, âmbito oblongo, ca. 20,0 mm compr., ca. 10,0 mm larg., lobos laterais sub-falcados, ápice agudo, lobo mediano ungüiculado, istmo ca. 2,0 mm compr., margem ondulada, crista central esbranquiçada; ginostêmio reto, branco, ca. 10,0 mm compr.; antera rósea.

Fruto não visto.

Segundo Pansarin (2005), esta espécie ocorre nos estados de Minas Gerais (ao longo da Cadeia do Espinhaço) e Goiás (na Chapada dos Veadeiros). Cresce entre gramíneas ou, mais raramente, entre rochas, em campos de altitude. É identificável pelo porte baixo e pelo caule com folhas reduzidas, em geral portando uma única flor rósea. Floresce de janeiro a fevereiro. Uma ótima ilustração de Cleistes pusilla pode ser vista em Pansarin (2005).

Vegetativamente, Cleistes pusilla é similar a C. aphylla devido ao caule delgado e folhas reduzidas, porém diferem pelos caracteres florais. Em C. aphylla as sépalas são creme e as pétalas e o labelo são esbranquiçados, enquanto em C. pusilla as flores são completamente róseas. A forma do labelo também é diferente entre as duas espécies. Em C.
aphylla o labelo possui âmbito oblanceolado e crista com papilas amareladas, já em C. pusilla o labelo possui âmbito oblongo e crista esbranquiçada.

Fonte: GUIMARÃES, L. R. S. Flora da Serra do Cipó (Minas Gerais, Brasil): Orchidaceae – subfamília Vanilloideae e subtribos Dendrobiinae, Oncidiinae, Maxillariinae (subfamília Epidendroideae), Goodyerinae, Spiranthinae e Cranichidinae (subfamília Orchidoideae). 150f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2010.

Deixe um comentário