Orchidaceae – Cleistes paranaensis

Terrícola, ca. 80 cm alt. Raízes com tuberoides. Caule não intumescido em pseudobulbo.

Folhas verdes, cartáceas, paralelinérveas, espiraladas ao longo do caule, a maior ca. 8 × 1,7 cm, decrescendo em direção ao ápice do caule, tornando-se brácteas gradativamente, lâmina lanceolada, base amplexicaule, ápice agudo.

Inflorescência em racemo, terminal, ca. 40 cm compr., pauciflora, ereta, laxa. Flores lilases, ressupinadas, pediceladas, ecalcaradas, sem calículo no ápice do ovário; sépala dorsal ca. 5,3 × 0,6 cm, lanceolada, ápice agudo; sépalas laterais ca. 5,3 × 0,8 cm, lanceoladas, ápice agudo; pétalas ca. 5,2 × 1,1 cm, lanceoladas, ápice agudo; labelo
púrpura, mais escuro em direção ao ápice, ca. 4,8 × 2 cm, trilobado, âmbito oblanceolado, não adnato ao ginostêmio, crista central formada por fímbrias alvescentes, lobo mediano ca. 1,1 × 1,4 cm, suborbicular, ápice agudo; ginostêmio alvo, ca. 1,4 cm compr.

Cleistes paranaensis está distribuída pela Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo (Barros et al. 2013). Espécie coletada em áreas de transição de cerrado sensu stricto para campo úmido no
PESCAN.

Floresce no mês de fevereiro. Cleistes paranaensis é uma das poucas espécies do gênero que ocorre com mais frequência em locais secos (Pansarin 2005). Diferencia-se das outras espécies do gênero ocorrentes na região estudada pelas flores lilases com labelo púrpura, trilobado, possuindo crista com fímbrias ao invés de papilas.

Fonte: HALL, C. F.; KLEIN, V. L. G. & BARROS, F. de. Orchidaceae no município de Caldas Novas, Goiás, Brasil. Rev. Rodriguésia, v. 64, n. 4, p. 685-704, 2013.

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