Plantas terrícolas ou paludícolas, 30,0-48,0 cm alt. Tuberóide ca. 3,5 cm compr., ca. 1,0 cm larg.
Folhas lanceoladas a elíptico-lanceoladas, patentes ou ereto-patentes, 1,5-3,5 cm compr., 0,2-0,5 cm larg., ápice agudo a acuminado.
Inflorescência 1-3-flora. Flores vináceas ou róseas; pedicelo + ovário ca. 1,5 cm compr.; sépalas lanceoladas a linear-lanceoladas, 2,5-3,0 cm compr., 0,4-0,7 cm larg., ápice agudo; pétalas elípticas a oblanceoladas, em geral subfalcadas, 2,5-3,5 cm compr., 0,8-1,0 cm larg., ápice agudo a acuminado; labelo branco ou róseo-pálido com vênulas vináceas em geral bem evidentes, 3-lobado, âmbito oblongo ou oblanceolado, ca. 3,0 cm compr., 0,8-1,0 cm larg., lobos laterais triangulares, ápice agudo ou arredondado, vináceos, lobo mediano ungüiculado, retangular, ápice arredondado, roxo, margem crenulada, istmo ca. 4,0 mm compr., crista central larga, com inúmeras papilas amareladas ou amarelo-esverdeadas; ginostêmio reto, branco, ca. 15,0 mm compr.; antera rósea.
Fruto não visto.
Cleistes gracilis ocorre nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, em locais úmidos entre briófitas e samambaias, às margens de riachos ou em bordas de mata, encontrada especialmente em regiões de altitude dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro (Pabst & Dungs 1975; Pansarin 2005).
Em Minas Gerais, além da Serra do Cipó, é encontrada em outra região de campo rupestre, a Serra do Grão-Mogol (Barros & Pinheiro 2004). Esta espécie é facilmente reconhecível pelo labelo branco ou róseo-pálido com estrias e ápice arroxeados, pelos lobos laterais triangulares, e pela crista central larga, com papilas amareloesverdeadas. Floresce de janeiro a abril.
Fonte: GUIMARÃES, L. R. S. Flora da Serra do Cipó (Minas Gerais, Brasil): Orchidaceae – subfamília Vanilloideae e subtribos Dendrobiinae, Oncidiinae, Maxillariinae (subfamília Epidendroideae), Goodyerinae, Spiranthinae e Cranichidinae (subfamília Orchidoideae). 150f, il. Dissertação (Mestrado), Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2010.