Erva epífita, 31,5–75,0 cm de compr., crescimento monopodial. Raízes delgadas cilíndricas, isoladas, emergindo ao longo do caule. Caule 30,2–73,6 cm de compr., ca. de 0,2 cm de diâm., aéreo, cilíndrico, 7–15-foliados, sem brácteas paleáceas.
Folhas paralelinérveas, 1,4–2,3 × 0,1 cm, alternas espiraladas, subuladas, face adaxial e abaxial verde sem máculas, membranáceas, ápice agudo e base truncada, presentes durante a floração.
Inflorescência saindo da axila das folhas, prostrada, sem keikis, 4–6 flores; pedúnculo 0,15–0,35 cm de compr., amarronzado; bráctea do pedúnculo 1, ca. de 1,0 mm de compr., rômbica, membranácea, ápice agudo, base truncada; raque 0,5–0,7 cm de compr.; bráctea floral 0,5–1,0 mm de compr., lanceoladas, membranáceas, ápice agudo, base truncada. Flores não ressupinadas, face dorsal de cor semelhante à face ventral; pedicelo incluindo o ovário ca. de 1,0 mm de compr. Sépalas brancas, membranáceas, margem inteira, ápice agudo; laterais 1,6–2,1 × 0,5–0,6 mm, ovadas, separadas, base truncada, glabras; mediana 1,5–2,0 × 0,5–0,9 mm, ovada, base truncada. Pétalas 1,1–1,6 × 0,4–0,6 mm, inteiras, brancas, lanceoladas, membranáceas, margem inteira, ápice agudo inteiro, base truncada. Labelo trilobado, branco, membranáceo, glabro, sem calosidade, sem fímbrias; lobos laterais 0,7–0,9 × 0,4–0,5 mm, triangulares, suavemente enrrolados, 90º com lobo mediano; lobo mediano 0,5–0,7 × 0,6–0,7 mm, triangular; calcar 2,5–2,8 × 0,8–0,9 mm, tubular. Coluna 0,8–1,0 × 0,6–1,0 mm, com projeção membranosa, ereta, superfície ventral depressa; antena ausente. Antera 0,8–0,9 × 0,5–0,7 mm, projeção membranosa; polínias 2, iguais, circulares.
Fruto não visualizado.
Esta espécie foi descrita inicialmente como Aeranthes aciculatus Rchb.f. & Warm., sendo depois transferida para o gênero Campylocentrum em 1906. Ocorre em Minas Gerais e no Rio de Janeiro (Pabst & Dungs 1977) e na Bahia há registro para a Chapada Diamantina em Catolés (Toscano de Brito & Queiroz 2003). Foi encontrada no município de Morro do Chapéu em área de mata. Floresce nos meses de março e abril.
Esta espécie é similar a Campylocentrum micranthum (Lindl.) Maury, que também ocorre em Morro do Chapéu, mas difere desta principalmente pelos caracteres vegetativos, sendo que C. aciculatum possui folhas subuladas com 1,4–2,3 × 0,1 cm, de ápice agudo e C. micranthum tem folhas oblongas a ovadas com 3,5–8,2 × 1,1–1,3 cm, de ápice
emarginado.
Fonte: BASTOS, C. A. A família Orchidaceae no município de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. 120f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana – BA, 2009.