Orchidaceae – Bulbophyllum manarae

Erva epífita, 17,5–20,0 cm de compr., crescimento simpodial. Raízes delgadas, cilíndricas, aglomeradas, emergindo abaixo do pseudobulbo. Pseudobulbos 0,6–0,9 cm de compr., 0,5–0,7 cm de diâm., aéreos, ovóides-tetrágonos, 1-foliados, sem brácteas paleáceas.

Folha paralelinérvea, 1,9–2,7 × 0,9–1,0 cm, isolada, oblonga, face adaxial e abaxial verde sem máculas, suculentas, ápice agudo, base truncada, presente durante a floração.

Inflorescência saindo da base do pseudobulbo, pendente, sem keikis, 11–15 flores; pedúnculo 10,5–10,9 cm de compr., verde; brácteas do pedúnculo 4, 7,0–8,0 mm de compr., oblongas, membranáceas, ápice agudo, base truncada; raque 5,5–6,1 cm de compr.; bráctea floral ca. de 3,0 mm de compr., lanceoladas, membranáceas, ápice agudo, base truncada. Flores não ressupinadas, face dorsal de cor semelhante à face ventral; pedicelo incluindo o ovário ca. de 1,0 mm de compr. Sépalas vináceas, membranáceas, margem suavemente serreada, ápice agudo; laterais 5,0–7,0 × 1,5–2,0 mm, ovadas, unidas na base truncada, pilosas; mediana 6,0–7,0 × 3,0 mm, ovadas, base truncada. Pétalas 3,0–4,0 × 1,0 mm, inteiras, vináceas, lanceoladas, membranáceas, margem serreada, ápice agudo inteiro, base truncada. Labelo trilobado, vináceo a alaranjado, membranáceo, glabro, sem calosidade, sem fímbrias; lobos laterais 1,5–2,2 ×1,4–2,2 mm, auriculados, dobrados, 90º com lobo mediano; lobo mediano 2,0–2,5 × 1,2–1,5 mm, cônico; calcar ausente. Coluna 3,0 × 1,5–2,0 mm, com projeção fusiforme, encurvada, superfície ventral depressa; antena ausente. Antera ca. de 1,0 × 1,0 mm, com apêndice apical; polínias 4, 2 maiores e 2 menores entre si, ovais.

Fruto não visualizado.

Descrito em 1968 a partir de material da Venezuela. Ocorre na Chapada Diamantina em Morro do Chapéu e Rio de Contas (Toscano de Brito & Cribb 2005). No município de Morro do Chapéu ocorre em mata. Floresce em setembro.
Pode ser confundida pelos caracteres vegetativos com as espécies relacionadas da seção Xiphizusa Rchb. f., a B. chloropterum Rchb.f., B. laciniatum Cogn. e B. plumosum Cogn., embora seja pouco relacionada a estas (Ribeiro et al. 2005). É próxima de B. arianeae Fraga & E. C. Smidt, diferindo desta pelo formato das pétalas e pilosidade do
labelo (Smidt 2007).

Fonte: BASTOS, C. A. A família Orchidaceae no município de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. 120f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana – BA, 2009.

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