Erva rupícola, 20,2–33,9 cm de compr., crescimento simpodial. Raízes delgadas, cilíndricas, aglomeradas, emergindo abaixo do caule. Caule 1,4–3,8 cm de compr., 0,2 cm de diâm., aéreo, cilíndrico, 1–foliado, com bráctea paleácea.
Folha paralelinérvea, 5,2–7,8 × 1,5–1,8 cm, isolada, elíptica, face adaxial e abaxial verde sem máculas, suculentas, ápice obtuso, base angustada, presente durante a floração.
Inflorescência terminal ao caule, pendente, sem keikis, com mais de 30 flores; pedúnculo 5,8–6,7 cm de compr., cor não visualizada; brácteas do pedúnculo 4–7, 4,0–5,0 mm de compr., oblongas, membranáceas, ápice pungente, base truncada; raque 11,8–12,4 cm de compr.; bráctea floral 3,0 mm de compr., rômbica, membranácea, ápice pungente, base truncada. Flores ressupinadas, face dorsal de cor semelhante à face ventral; pedicelo incluindo o ovário 2,0 mm de compr. Sépalas alaranjadas, membranáceas, margem inteira, ápice agudo; laterais 6,2 × 1,5 mm, lanceoladas, unidas na base truncada, glabras; mediana 6,0 × 1,5 mm, lanceolada, base truncada. Pétalas 3,2 × 1,0 mm, inteiras, alaranjadas, oblongas, membranáceas, margem inteira, ápice obtuso inteiro, base truncada. Labelo trilobado, alaranjado, membranáceo, glabro, sem calosidade, sem fímbrias; lobos laterais 2,0 × 0,5 mm, rômbico, erguido, mais
de 90º com lobo mediano; lobo mediano 1,8 × 1,4 mm, pandurado; calcar ausente. Coluna 2,4 × 0,6 mm, com projeção membranosa, encurvada, superfície ventral depressa; antena ausente. Antera não visualizada.
Fruto 1,9 × 0,4 cm incluindo rudimentos florais.
Esta espécie foi descrita em 1836 a partir de material tipo de São João del Rey, Minas Gerais (Toscano de Brito & Cibb 2005). No Brasil ocorre nos estados da Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais (Pabst & Dungs 1975).
Na Chapada Diamantina ocorre em Abaíra (Toscano de Brito & Queiroz 2003), Palmeiras (Toscano de Brito 1998) e Rio de Contas (Toscano de Brito 1995). Em Morro do Chapéu foi encontrada em áreas de campo rupestre, vegetando em afloramentos rochosos, e com flores entre abril e maio. São plantas com flores que assumem coloração avermelhada à medida que secam.
Fonte: BASTOS, C. A. A família Orchidaceae no município de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. 120f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana – BA, 2009.