Erva epífita, ca. de 4,0 cm de compr., crescimento simpodial. Raízes delgadas, cilíndricas, aglomeradas, emergindo abaixo do caule. Caule ca. de 0,6 cm de compr., ca. de 0,1 cm de diâm., aéreo, cilíndrico, 1–foliado, sem brácteas paleáceas.
Folha paralelinérvea, 2,0 × 0,6 cm, isolada, elíptica, face abaxial verde e adaxial vinácea sem máculas, suculentas, ápice obtuso, base angustada, presente durante a floração.
Inflorescência terminal ao caule, ca. de 0,85 cm de compr., ereta, sem keikis, 2 flores; pedúnculo inconspícuo, cor não visualizada; bráctea do pedúnculo 1, inconspícua, ovada a lanceolada, membranácea, ápice agudo, base truncada; raque 0,45 cm de compr.; bráctea floral não visualizada. Flores ressupinadas, face dorsal mais escura que face ventral; pedicelo inconspícuo. Sépalas purpura, membranáceas, margem inteira, ápice agudo; laterais 3,0 × 0,6 mm, lanceoladas, unidas na base truncada, glabras; mediana 3,2 × 0,9 mm, lanceolada, base truncada. Pétalas 2,0 × 0,05 mm, inteiras, purpura, linear, membranácea, margem inteira, ápice agudo fimbriado, base truncada. Labelo inteiro, 2,6 × 1,5 mm, púrpuro, membranáceo, glabro, sem calosidade, fimbriado; lobos laterais indiferenciado; lobo mediano indiferenciado; calcar ausente. Coluna 3,2 × 1,9 mm, sem projeção, ereta, superfície ventral depressa; antena ausente. Antera não visualizada.
Fruto não visualizado.
Esta espécie foi descrita em 1918, a partir de coleta do Paraná (Toscano de Brito & Cribb 2005). É conhecida dos estados do Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Pabst & Dungs 1975) e na Bahia há registros em Mucugê e Rio de Contas (Toscano de Brito & Cribb 2005). No município de Morro do Chapéu, foi encontrada
como epífita em árvores apenas em mata de grotão em área de altitude superior a 900 m. Encontrada com flor no mês de outubro.
É similar a Anathallis microphyta (Barb. Rodr.) C.O.Azevedo & Van den Berg (Toscano de Brito & Cribb 2005; Azevedo & van den Berg 2007), a qual foi, recentemente, incorporada ao gênero Anathallis (Azevedo & van den Berg 2005) e difere desta, segundo Azevedo & van den Berg (2007), por apresentar bainhas caulinares glabras com óstio inteiro e flores fasciculadas e sésseis sobre os caules secundários.
Fonte: BASTOS, C. A. A família Orchidaceae no município de Morro do Chapéu, Bahia, Brasil. 120f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana – BA, 2009.