Arbustos a subarbustos, anuais a perenes, eretos, 0,6–3 m alt.; caules muito ramificados, lenhosos, subcilíndricos, tomentosos, acastanhados, ramos densamente tomentosos e acastanhados a alvoacinzentados nas extremidades.
Folhas com lâmina 2–17 × 0,9–5,1 cm, face adaxial verde a verdeavermelhada, esparsamente híspida, às vezes, glabra e acinzentada na maturidade, a abaxial acastanhada ou alvo-acinzentada, tomentosa, às vezes pubescente,
elíptica, lanceolada, oblonga, oboval, coriácea, ápice agudo a arredondado, base arredondada a obtusa, margens irregularmente serrilhadas pelos hidatódios glandulares disformes e avermelhados; pecíolo 1–8 mm compr. (ou folhas sésseis); estípula 1–2 mm compr.
Flores 4(5)-meras, 5,1–5,8 cm compr.; sépalas 8–18 × 3–9 mm, face adaxial verde, pubescente a glabrescente, a abaxial verde a verde-avermelhada, tomentosa, lanceoladas, ápice agudo, atenuado; pétalas 1,5–2,8 × 1,2–2,8 mm, amarelas, as obovais com ápice agudo, as orbiculares com ápice arredondado e emarginado; estames subiguais, filetes eretos a levemente curvados, anteras eretas a levemente curvadas, quase aproximando-se das pétalas; nectário piramidal, 4(5)-angular, ápice plano; estigma capitado.
Cápsulas 0,5–1,9 cm × 4–9 cm, verdes a verde-avermelhadas, 4(5)-angulares, obpiramidais, pubescentes; pedicelo 1,3–4,3 cm compr.; bractéola 0,2–1,1 cm compr., na base dos frutos ou a 2/3 da parte superior dos pedicelos.
Sementes ca. 9 × 5 mm, amarelo-acastanhadas, largoelipsoides; rafe bem proeminente, comprimento igual ao das sementes.
No Brasil, ocorre nos domínios fitogeográficos da Caatinga e Cerrado, no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Tocantins, além da Bahia (Zeferino et al. 2020). D2, E3, E6, F3, F5, F6, G3, G5 e G8: Chapadão Ocidental Baiano, no sul da Chapada Diamantina e na região sul do estado (Figura 15). Ocorre em caatingas (s.str.) e cerrados (s.l.), em matas ciliares de florestas estacionais semideciduais e deciduais, em formações florestais, savânicas e campestres, em ambientes úmidos a alagados, nas margens e leito de rios, riachos e
cachoeiras, em solos arenosos, siltosos e entre as rochas. Coletada com flores e frutos em todos os meses do ano.
As diferenças morfológicas em relação à espécie mais próxima de Ludwigia tomentosa são apresentadas em L. elegans.
Fonte: SOUZA, N. X. M. de; VIEIRA, A. O. S. & AONA, L. Y. S. Flora da Bahia: Onagraceae. Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas v. 21, n. 10, p. 01-30, 2021.