Ervas, anuais, prostradas a flutuantes fixas; caules ramificados, cilíndricos, glabros, os prostrados bem ramificados, com raízes nodais fibrosas, os flutuantes fixos, ramificados, com raízes nodais fibrosas e raros pneumatóforos brancos, esponjosos.
Folhas com lâmina 1–6,5 × 0,5–2 cm, face adaxial verde a verdeavermelhada, a abaxial verde, glabra, oboval, oblonga, oblanceolada e lanceolada, membranácea, ápice arredondado a obtuso, base acuminada; pecíolo 4–25 mm compr.; estípula 1–2 mm compr.
Flores 5-meras, 1,6–3 cm compr.; sépalas 4–12 × 1,5–3 mm, face adaxial verde, a abaxial verde a verde-avermelhada,
glabras, linear-lanceoladas, ápice agudo; pétalas 0,7–1,4 × ca. 1 cm, amarelas, obovais, ápice arredondado; estames desiguais, filetes e anteras eretos; nectário levemente convexo, ápice plano; estigma truncado.
Cápsulas 1,4–2,8 cm × 2–5 mm, verdes a verdeavermelhadas, levemente 5-angulares, subcilíndricas, glabras; pedicelo 0,4–2,9 cm compr.; bractéola inconspícua a 0,5–1 mm compr., na base do fruto.
Sementes ca. 3 × 2 mm, translúcidas, depresso-ovaladas.
No Brasil, apresenta ocorrência nos domínios fitogeográficos da Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, nos estados de Alagoas, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Zeferino et al. 2020) e na Bahia (Sousa et al. 2019). B7, C9, D7, D8, D10, E6, E8, E9, F4, F6, F7, G5 e G8: Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica (Figura 13), em regiões semiáridas, em formações florestais, savânica e de restinga, associadas a matas ciliares, nas margens e leito de ambientes aquáticos permanentes ou temporários, limpos a moderadamente antropizados, em brejos, lagos, rios, riachos e cachoeiras, em solos arenosos, siltosos e argilosos. Coletada com flores e frutos em todos os meses do ano.
Ludwigia peploides apresenta folhas lanceoladas a oblanceoladas quando prostrada (Figura 4C) e folhas obovais a oblongas quando flutuante fixa. Possui corola amarela, 5-mera (Figura 4C) e frutos subcilíndricos, verdes a verde-avermelhados (Figura 1AA), marcados pelas divisões internas das sementes envolvidas totalmente pelo endocarpo obliquo-truncado, lenhoso e resistente (Figura 1BB). Esta espécie apresentou maior propagação vegetativa nos períodos chuvosos e, frequentemente, com maior produção de frutos quando se inicia a escassez de água (Sousa et al. 2019).
Fonte: SOUZA, N. X. M. de; VIEIRA, A. O. S. & AONA, L. Y. S. Flora da Bahia: Onagraceae. Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas v. 21, n. 10, p. 01-30, 2021.