Subarbustos a arbustos 0,42-0,80 m alt., não rastejantes. Plantas lanuginosas.
Folhas com pecíolo 2-5 mm compr.; lâminas 2-10 x 1-7,2 cm, obovada, às vezes oblanceolada a elíptica, coriácea, glandulares salientes, lanuginosas; nervura central e laterais sulcada na face adaxial; nervuras laterais 4-8 pares, evidentes em ambas as faces.
Inflorescências axilares em dicásios, eixos 5-25 mm; flores solitárias, pedicelo 2-10 mm compr., lanuginoso; lobos 3-6 mm compr., triangulares, geralmente irregulares, lanuginosas, glandulares; bractéola até 5 mm de compr., glandulares, pubescentes; botão floral 5-8 mm diâm, piriformes.
Frutos 5-22 mm diâm., globosos, às vezes piriformes; lanuginosos, pubescentes.
De acordo com Landrum (2005), em revisão do complexo P. grandifolium, P. grandifolium e P. australe se distinguem principalmente pelo indumento na face abaxial, que é mais curto-pubescente (ou glabro) em P. australe, enquanto em P. grandifolium é densamente lanuginoso. Landrum (2005) também cita a superfície do hipanto que é escondida pelos tricomas em P. grandifolium (e visível em P. australe, que tem hipanto glabro ou com poucos tricomas). Tendem a formar fileiras de lâ no caule. Com relação ao estado de conservação, o IUCN Red List of Threatened Species (2017) caracteriza P. grandifolium como “quase ameaçada”.
Fonte: ROCHA, O. H. Myrtaceae no Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. 64f. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, 2018.