Arbustos a árvores 1,5-4 m alt. Planta pubescente acastanhada. Ramos achatados e geralmente dicotômicos.
Folhas com pecíolo 2-3,5 mm, lâminas 2,6-5,6 x 1,0-2,9 cm, elíptica, às vezes oval, coriácea; pontuações bem evidentes em ambas as faces; ápice agudo, às vezes retuso; base arredondada ou cuneada; pubescência geralmente em ambas as faces da folha, face abaxial indumento alvo a cobreado e às vezes negra, face adaxial, cinérea, geralmente esparso, raramente serícea; nervura central sulcada na face adaxial; nervuras laterais 8-30 pares, salientes em ambas as faces.
Inflorescências em panículas 3-7 cm compr., axilares, geralmente terminais; eixo 10-20 mm compr.; flores 4-meras; pedicelo 1-5 mm compr.; lobos distribuídos simetricamente na flor. Botões 1- 3 mm diâm., piriformes, pubescentes.
Frutos 0,7-1 cm diâm, globosos, geralmente glandulares.
Os espécimes analisados de M. subcordata eram comumente identificados como M. pulchra, nome agora tratado como sinônimo (Santos et al. 2016). Espécie pode ser confundida com C. concinna, pelas ramificações em panículas dicotômicas, aplainadas, folhas geralmente ovais e nervura central sulcada. Porém, os ramos tendem a ser mais grossos do que em Calyptranthes além dos botões não se romperem em uma caliptra, possuindo lobos do cálice livres. Os lobos tendem a ser mais claros que o hipanto, que é escuro, quando seco. Espécie ocorrente em Mata Atlântica e Cerrado com ocorrência desde Minas Gerais até o Rio Grande do Sul (Flora do Brasil 2020).
Fonte: ROCHA, O. H. Myrtaceae no Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. 64f. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, 2018.