Myrtaceae – Myrcia retorta

Árvores 2-5 m alt. Planta lanuginosa. Ramos cilíndricos e não dicotômicos.

Folhas com pecíolo 2-5 mm compr.; lâmina 2,3-6,5 x 1-3,2 cm, oblonga ou elíptica, discolor, coriácea, lanuginosa acobreada; pontuações esparsas pouco evidentes; ápice cuneado ou arredondado; base obtusa ou cuneada; nervura central sulcada na face adaxial e saliente na abaxial; nervuras laterais 8-20 pares, evidentes em ambas faces e salientes na abaxial.

Inflorescências em panículas 3-9 cm compr., axilares, às vezes dicásios, terminais, densamente lanuginosas; eixo
1-4,5 cm compr.; flores 5-meras, lanuginosas acobreadas; pedicelo 0,2-1 cm compr.; lobos 2-4 mm compr., triangulares, densamente lanuginosas, que não cobrem o botão floral nem o fruto; botão floral 1-2 mm diâm, globoso, com hipanto densamente lanuginoso.

Frutos 3-5 x 0,5-1 cm diâm., elipsoides, lanuginosos.

As folhas de M. retorta são reticuladas e o indumento é glabrescente na face abaxial. O anel estaminal é coberto por tricomas, sendo uma característica boa para distinguir o clado 5 (Lucas et al. 2011). Alguns exemplares coletados apresentaram folhas muito coriáceas com textura mais densa e panículas com mais indumento comparadas com as coletas encontradas em herbários. Segundo discussões com especialista (D. Lima), isso se deve pela incidência direta de sol nessas espécies, que fez com que apresentassem tais características.

Fonte: ROCHA, O. H. Myrtaceae no Parque Estadual de Vila Velha, Ponta Grossa, Paraná, Brasil. 64f. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, 2018.

Deixe um comentário