Árvores 6–17 m alt.; ramos jovens castanhos, puberulentos. Catafilos 2–3 × 2–3 mm, oblongos, puberulentos, ápice agudo ou arredondado.
Folhas com pecíolo 0,5–1,4 mm compr., canaliculado, glabro; lâmina 2,4–7,5 × 0,6–3,5 cm, cartácea, lanceolada ou
elíptica, plana, não reticulada, glabra na face adaxial, pubérulas na abaxial, glândulas impressas em ambas às faces (visíveis a olho nu somente na face abaxial), ápice acuminado ou agudo, base cuneada ou aguda, margens revolutas e pouco onduladas; venação acródroma, nervura central sulcada na face adaxial, saliente na abaxial, pubérula na face adaxial, 8–47 pares de nervuras secundárias, glabras, ascendentes, raramente curvadas, confluentes com a nervura
intramarginal distante 0,5–1 mm da margem.
Inflorescências com 1–4 flores; pedicelos 1,6–3,5 cm compr., glabros; brácteas e bractéolas não vistas. Flores com lobos do cálice desiguais, os menores 3–4 × 1–1,5 mm, os maiores 5–5,1 × 1–1,5 mm, lineares, glabros, ciliados, ápice arredondado, glandulosos externamente; pétalas 3–5 × 2–4 mm, rotundas, inteiras, glabras, ápice arredondado, glândulas não vistas; disco estaminal ca. 2 mm diâm., piloso; estames 76–86; hipanto 2–3 × 2–3 mm, inteiro, seríceo.
Frutos e sementes não vistos.
Eugenia plicata está restrita à Mata Atlântica, no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia (Flora do Brasil 2020). G6, G8/9, H8 e H9: em matas higrófilas. Foram coletadas com flores em fevereiro e setembro, e com frutos em outubro.
Eugenia plicata é facilmente reconhecida pelas folhas cartáceas com nervuras secundárias ascendentes, confluentes com a nervura intramarginal, apresentando ápice acuminado ou agudo e margens revolutas, e pelos lobos do cálice lineares e desiguais.
Fonte: COUTINHO, K.; OLIVEIRA, M. I. U. de.; MAZINE, F. F. & FUNCH, L. S. Flora da Bahia: Eugenia sect. Eugenia (Myrtaceae). Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas, v.17, n.10, p. 01-14, 2017.