Arbustos ou arvoretas 2,5–4 m alt.; ramos jovens castanho-escuros, tomentosos, tricomas canescentes, castanhos. Catafilos não vistos.
Folhas com pecíolo 0,1–5 mm compr., canaliculado, pubescente, tricomas castanhos; lâmina 2,2–4,5 × 0,6–2,6 cm, coriácea, obovada, ondulada, reticulada, pubérula em ambas as faces, glândulas não evidentes, ápice obtuso a
arredondado, base aguda a cuneada, margens pouco revolutas, face adaxial opaca; venação broquidódroma, nervura primária tomentosa, sulcada na face adaxial, com glândulas proeminentes na abaxial, 6–8 pares de nervuras secundárias, ascendentes, pilosas, tricomas canescentes, castanhos, sem nervuras intramarginais.
Inflorescências com 2–6 flores; pedicelos 8–10 mm compr., puberulentos; brácteas 0,6–0,7 mm compr., espatuladas ou naviculadas, ciliadas, tomentosas, ápice agudo; bractéolas ausentes. Flores com lobos do cálice iguais, 3,4–4 mm compr., pubérulos a pubescentes; pétalas 4,7–7,3 mm, obovadas, convexas, glabras, ciliadas, eglandulosas; disco estaminal 1,8–2,7 mm diâm., pubescente; estames não contados, 5,5–8 mm; hipanto 1,7–2 × 1,4–1,7 mm, liso, tomentoso, glândulas não vistas.
Frutos 1,4–2,1 × 1–1,7 cm, lisos, glândulas pouco salientes, verdes quando imaturos, pubérulos ao menos na base; sementes não vistas.
Eugenia duarteana ocorre em Minas Gerais, Piauí e Bahia (Flora do Brasil 2020). D6: em áreas de caatinga, com flores e frutos em janeiro.
Eugenia duarteana difere das demais espécies da seção por apresentar folhas pubescentes e flores tomentosas, com tricomas canescentes a castanhos, e frutos piriformes.
Fonte: COUTINHO, K.; OLIVEIRA, M. I. U. de.; MAZINE, F. F. & FUNCH, L. S. Flora da Bahia: Eugenia sect. Eugenia (Myrtaceae). Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas, v.17, n.10, p. 01-14, 2017.