Myrtaceae – Eugenia coccinea

Árvores ou arbustos 2–3 m alt.; ramos jovens acastanhados, pilosos, tricomas acastanhados. Catafilos 1–1,5 × 1–1,2 mm, rotundos, pubescentes, ápice arredondado.

Folhas com pecíolo 2–6 mm compr., canaliculado, pubescente; lâmina 2–6,4 × 0,9–3,4 cm, membranácea, obovada, elíptica ou lanceolada, plana, reticulada, pilosa e glandulosa em ambas as faces, ápice arredondado, obtuso ou raramente agudo, com um tufo de tricomas castanhos, base aguda ou cuneada, margens ciliadas, onduladas e pouco revolutas; venação broquidódroma, nervura central sulcada na face adaxial, saliente na abaxial, tomentosa, com tricomas canescentes na face adaxial, ferrugíneos na abaxial, ápice com um tufo de tricomas ferrugíneos, 5–9 pares de nervuras secundárias, ascendentes, tomentosas, sem nervuras intramarginais.

Inflorescências com 2 flores; pedicelos 3–3,5 cm compr., glandulosos; brácteas lineares 0,7–0,9 mm, ápice agudo, pubescente, tricomas acastanhados; bractéolas não vistas. Flores com lobos do cálice desiguais, 0,5–0,7 × 0,3–0,5 cm, deltoides ou oblongos, ciliados, ápice arredondado, cuneado, pubescentes em ambas as faces, glandulosos; pétalas 8–11 × 5–8 mm, clavadas, ciliadas, com poucos tricomas na face externa, ápice arredondado, com poucas
glândulas; disco estaminal ca. 4 mm diâm., piloso; estames ca. 70, 3,5–6 mm compr.; hipanto 1,7–2,1 × 1,5–1,7 mm, liso, glabro ou com raros tricomas, glanduloso.

Frutos e sementes não vistos.

Eugenia coccinea parece ser endêmica da Bahia. F7: em caatinga, com flores em outubro.

Eugenia coccinea assemelha-se a E. duarteana por apresentar folhas obovadas com nervuras tomentosas e lobos do cálice indumentados. Entretanto, E. coccinea apresenta folhas membranáceas (vs. coriáceas) e hipanto glabro (vs. tomentoso); além disso, possui folhas com um tufo de tricomas ferrugíneos no ápice da nervura central e margens ciliadas.

Fonte: COUTINHO, K.; OLIVEIRA, M. I. U. de.; MAZINE, F. F. & FUNCH, L. S. Flora da Bahia: Eugenia sect. Eugenia (Myrtaceae). Rev. Sitientibus, série Ciências Biológicas, v.17, n.10, p. 01-14, 2017.

Deixe um comentário